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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

IBGE adia divulgação dos dados do Censo por idade e sexo da população

MIDIAMAX – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adiou a divulgação dos dados do Censo Demográfico 2022 sobre características da população brasileira conforme a idade e o sexo, que estava prevista para o próximo dia 6 de setembro. A divulgação na próxima semana estava anunciada desde 15 de agosto, mas foi cancelada nesta sexta-feira, 1. “A nova data desta divulgação ainda não foi definida pela direção do IBGE”, informou o instituto, em nota.

Segundo o IBGE, as informações desagregadas da população por idade e sexo “são fundamentais para o desenho e acompanhamento de políticas públicas como de saúde, educação, Previdência Social e mercado de trabalho”. “Além disso, fornecem subsídios para o cálculo de uma série de indicadores demográficos e permitem avaliar as mudanças no perfil demográfico da população ao longo do tempo”, salientou o instituto, em nota divulgada em agosto.

Os dados do Censo Demográfico 2022 sobre idade e sexo da população levarão a uma revisão de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE, que fornece informações sobre o mercado de trabalho, como a taxa de desemprego no País. As proporções populacionais por idade e sexo nas diferentes regiões são importantes para a calibragem da amostra da Pnad Contínua.

A população brasileira totalizava 203.080.756 pessoas entre 31 de julho e 1º de agosto do ano passado, atualizou nesta última quinta-feira, 31, o IBGE. Quando divulgados os dados do Censo Demográfico 2022, em 28 de junho, o IBGE informara que havia 203 062.512 pessoas no País. A diferença entre as divulgações se explica por uma revisão nas informações coletadas pelo Censo, segundo o órgão estatístico. Mais de 12% dos municípios brasileiros tiveram o contingente populacional revisto.

Os dados oriundos dos Primeiros Resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022, publicados no dia 28 de junho de 2023, tiveram como referência os dados apurados até o dia 28 de maio do mesmo ano. Naquele momento já haviam sido identificados alguns problemas pontuais na coleta de dados que apontavam para a necessidade de correção, mas que não puderam ser tratados a tempo para a divulgação prevista na ocasião. Por conta de sua magnitude residual, a equipe técnica avaliou que tais problemas não afetariam significativamente os resultados divulgados pois, além de residuais, estavam concentrados em um conjunto limitado de municípios (71 municípios)”, justificou o IBGE, em nota metodológica.

O IBGE explica que a apuração que resultou na divulgação de junho se refere aos dados coletados até o dia 28 de maio de 2023 Os pesquisadores conduziram então “ajustes de campo necessários, os quais foram incorporados aos resultados da segunda apuração do Censo Demográfico 2022”. Os resultados dessa nova apuração, que agora são divulgados pelo instituto, se referem “aos dados da primeira apuração com a incorporação das revisões de campo realizadas entre 29/05/2023 e 07/07/2023”.

“A população total do País divulgada hoje sofreu uma variação positiva de apenas 0,008% frente aos resultados do Censo 2022 divulgados anteriormente. Os resultados populacionais de 12,1% dos municípios do país tiveram alguma variação ante a divulgação anterior, mas 98,4% dessas variações foram inferiores a 1,0%”, informou o IBGE, em nota.

O IBGE publicou no Diário Oficial da União de quinta-feira a relação das populações dos municípios brasileiros, com atualizações dos seus limites territoriais, obedecendo à legislação vigente.

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.