Primo de vítima, de 20 anos suspeitou do golpe, depois de rapaz enviar ao todo quase R$ 2.300 à estelionatário, instruindo à confrontar o criminoso, que apagou as mensagens e o bloqueou em seguida.
Uma ocorrência de fraude eletrônica foi registrada na manhã desta quinta-feira (31) no bairro Ipê em Três Lagoas pela Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC). O caso é investigado pela Polícia Civil. A vítima, de 20 anos relatou na ocorrência, que fazia uso do aplicativo Grindr, uma rede social de namoro para pessoas LGBTQIAPN+, onde entrou em contato com uma pessoa e passaram à trocar fotos e trocaram números de WhatsApp, mas não aconteceu qualquer interação em seguida disso.
Porém, na última quarta (30), uma pessoa, se apresentando como delegado de polícia do estado de Goiás, lhe enviou uma mensagem, dizendo que a vítima estaria sendo investigado por crimes cibernéticos e que estaria envolvido em delitos relacionados à pedofilia. Para tentar intimidar a vítima, “alertou” que se o bloqueasse, aquilo poderia ser considerado “obstrução de justiça”, usando ainda o Código Penal Brasileiro. Posteriormente, o “delegado” teria telefonado para a vítima, onde reiterou as acusações, e questionando se o jovem estaria ciente de estar conversando com um menor de idade, o que negou, assegurando que com base nas fotos trocada no aplicativo de relacionamento, a pessoa parecia indicar ter entre 20 e 30 anos. Ainda na conversa, o suposto oficial alegou que a pessoa que conversou faz uso de antidepressivos e antipsicóticos, o que a vítima também não tinha consciência.
A vítima relatou na ocorrência que o tal delegado de Goiás afirmou que após a conversa que teve com o suposto menor no aplicativo, o mesmo teria causado danos em sua residência e até agredido sua mãe, enviando alguns vídeos do local, e que o conserto de tudo ficaria na casa dos R$ 7 mil, afirmando que o jovem seria responsável por metade do prejuízo, exigindo que enviasse “prints” dos saldos de suas contas, mesmo que estivessem zeradas. Com medo, explicou que tinha limites de crédito, onde enviou ao estelionatário via PIX o valor de R$ 1.300, além de ter pago um boleto, no valor de R$ 1 mil. Com um suposto valor “pendente” com o falso delegado, a vítima pediu ajuda à um primo, que suspeitou de que se tratava de um golpe, e o instruiu à confrontar o autor, que bloqueou o rapaz e apagou todas as mensagens trocadas. Após o registro, a investigação fica à cargo da 3° DP de Três Lagoas.