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Avanço no município eleva salários, mas reduz hora de almoço

Economia – 17/09/2012 – 07:09

Natural de Três Lagoas, o empresário Leandro Tebet Thomé, 45, tinha como principal negócio até 2008 uma pequena venda dentro da zona cerealista no município.

Naquele ano, com a instalação de diversas indústrias na cidade –foram mais de 60 entre 2007 e 2008–, percebeu a chegada de funcionários da construção civil e a movimentação de novos moradores.

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Decidiu que era a hora certa para investir na abertura de um supermercado.

Inaugurada no final de 2008, a loja já passou por uma ampliação neste ano: dobrou sua área para 2.000 m² e recebeu lanchonete, rotisserie e um novo espaço para a área de bebidas, com variedade maior de produtos.

“Houve uma melhora no consumo de toda a população”, diz Thomé.

A trajetória recente do empresário é um retrato da evolução da cidade.

Além de receber novos moradores e uma população flutuante de 7.000 habitantes, Três Lagoas atingiu em 2010 a maior média salarial dos setores da indústria e da construção civil em Mato Grosso do Sul, de R$ 1.427.

O comércio e o setor imobiliário também cresceram. Nos últimos três anos, as concessionárias das marcas Nissan, Renault e Mitsubishi, que ainda não tinham lojas na cidade, abriram suas primeiras unidades.

Não era sem tempo: o número de veículos emplacados passou de 30 mil em 2006 para 65 mil neste ano.

No centro da cidade, que concentra o comércio popular, as lojas abandonaram o hábito de fechar no horário do almoço, que vigorava até poucos anos.

A expectativa agora é pela abertura do primeiro shopping center da cidade, em construção pela Vértico, do grupo WTorre. O empreendimento, de R$ 110 milhões, terá cerca de cem lojas, com previsão de entrega em 2013.

O preço dos imóveis também foi afetado: na área central da cidade, o preço médio do terreno foi multiplicado por cinco nos últimos três anos, estima o secretário de Desenvolvimento de Três Lagoas, Marco Garcia.

INFRAESTRUTURA

Assim como o avanço econômico, algumas deficiências do município também são aparentes. A infraestrutura básica é uma delas.

Apesar de a pavimentação das vias da cidade ter saltado de 20% para 60% nos últimos oito anos, as ruas de terra -vermelhas e poeirentas- ainda podem ser vistas próximas ao centro.

Outra carência é a mão de obra. Segundo estimativa da federação das indústrias do Estado, o deficit de empregos, apenas na área industrial, chega a 2.000 pessoas.

“Muita coisa já melhorou”, diz o engenheiro florestal Rafael Araújo, de 26 anos. Após deixar Três Lagoas aos 17 anos para estudar e trabalhar no Paraná, ele voltou há quatro anos, após receber uma proposta de emprego de uma das indústrias que se instalaram na região.

“Achei que estava indo embora para nunca mais voltar, mas me enganei”, diz Araújo.

Fonte: Folha de S.Paulo / Danilo Verpa/Folhapress

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