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sexta-feira, 19 de setembro, 2025

“Comissão de Ética não pode permitir que senador faça pronunciamento racista”, declara Pedro Kemp

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) abordou na tribuna nesta manhã (24) o recente caso de racismo ocorrido com o jogador Vinícius Júnior, na Espanha. “Não basta a gente não ser racista, a gente deve ser antirracista. Nossos filhos devem que ser educados desde pequenos a não considerar ninguém inferior, e isso acontecer em todos os lugares. Lutar sempre contra essa cultura racista e escravocrata no País. Devemos ser intolerantes a isso. É  inadmissível o que ocorreu com jogador Vini Jr, na Espanha, quando a torcida do time adversário gritava ‘macaco’ a ele”, relatou.

O racismo ainda existe no Brasil, e o que é pior, é dissimulado. E as estatísticas mostram que os negros são a maioria dos pobres, são maioria também que sofrem violência, os negros também são a maior população carcerária. Publicarei meu quarto livro que será intitulado ‘Carta de Indignações, uma publicação que nasceu de situação vividas por pessoas em nosso País e cidade, de discriminação, violência, injuria racial contra mulheres, homens, negros, pessoas com deficiência e da comunidade LGBTQIA+. Essas situações que violam os direitos fundamentais das pessoas me causam muita indignação”, declarou.

Pedro Kemp também falou sobre uma declaração do deputado federal Magno Malta (PL-ES) sobre o que aconteceu ao jogador brasileiro. “Ouvindo rádio ontem, fiquei indignado quando ouvi uma fala do senador Magno Malta, sobre o que ocorreu com o jogador brasileiro no fim de semana. O assunto foi mencionado ontem [23] pelos deputados Zeca do PT [PT] e Gerson Claro [PP], presidente da ALEMS. Ao invés de se solidarizar com o jogador e todos os brasileiros que são vítimas de racismo ou injúria racial, o senador disse: Cadê os defensores dos animais que não defendem os macacos? Ele quebrou o decoro parlamentar e ofendeu a dignidade das pessoas negras. Devia ser cassado”, considerou. time adversário gritava ‘macaco’ a ele”, relatou.

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Exportações de alimentos caem US$ 300 milhões em agosto, aponta ABIA

A balança comercial da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) registrou uma queda de US$ 300 milhões nas exportações de alimentos industrializados em agosto, o que representa uma retração de 4,8% em relação a julho. No total, o setor exportou US$ 5,9 bilhões no mês. O principal fator para a queda foi a redução nas compras dos Estados Unidos, que importaram US$ 332,7 milhões em agosto — queda de 27,7% em relação a julho e de 19,9% na comparação com agosto de 2024. TARIFA Segundo a ABIA, o resultado reflete a nova tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros, além da antecipação de embarques em julho, antes da entrada em vigor da medida. Em julho, os EUA haviam importado US$ 460,1 milhões em alimentos industrializados do Brasil. Os produtos mais afetados foram: Açúcares: queda de 69,5% Proteínas animais: recuo de 45,8% Preparações alimentícias: baixa de 37,5% INFLEXÃO “O desempenho das exportações nos dois últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento expressivo de julho foi seguido por ajuste em agosto, sobretudo nos EUA, impactados pela nova tarifa, enquanto a China reforçou seu papel como mercado âncora”, afirmou João Dornellas, presidente executivo da ABIA. Segundo Dornellas, a retração indica a necessidade de o Brasil diversificar seus parceiros comerciais e ampliar sua capacidade de negociação. MÉXICO Com a queda nas exportações aos EUA, o México despontou como um dos mercados em ascensão. As exportações para o país cresceram 43% em agosto, totalizando US$ 221,15 milhões — cerca de 3,8% do total. O principal produto comprado pelos mexicanos foram proteínas animais. “O avanço do México, que coincide com a retração das vendas aos Estados Unidos, indica um possível redirecionamento de fluxos e a abertura de novas rotas comerciais, movimento que ainda requer monitoramento para identificar se terá caráter estrutural ou apenas conjuntural”, afirmou a ABIA. IMPACTO A projeção da entidade é de que os impactos da tarifa norte-americana se intensifiquem no acumulado de 2025. Entre agosto e dezembro, a estimativa é de uma retração de 80% nas vendas para os EUA dos produtos atingidos pela tarifa, com perda acumulada de US$ 1,351 bilhão. CHINA A China manteve a liderança entre os compradores de alimentos industrializados brasileiros, com importações de US$ 1,32 bilhão em agosto — alta de 10,9% sobre julho e de 51% em relação ao mesmo mês de 2024. O país asiático respondeu por 22,4% das exportações do setor no mês. OUTROS Outros mercados apresentaram desempenho negativo: Liga Árabe: queda de 5,2%, com US$ 838,4 milhões importados União Europeia: retração de 14,8% sobre julho e de 24,6% na comparação com agosto de 2024, com compras de US$ 657 milhões No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor somaram US$ 36,44 bilhões, uma leve queda de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A principal causa foi a menor produção de açúcar durante a entressafra. SUCO Um dos poucos segmentos que registrou crescimento foi a indústria de suco de laranja, que não foi afetada pelas tarifas. Em agosto, o setor teve alta de 6,8% em relação a agosto de 2024, embora tenha recuado 11% frente a julho por causa da antecipação de embarques. EMPREGO A indústria de alimentos fechou julho com 2,114 milhões de empregos formais e diretos. No comparativo interanual, o setor criou 67,1 mil novas vagas entre julho de 2024 e julho de 2025, o que representa crescimento de 3,3%. Somente em 2025, foram abertos 39,7 mil postos diretos e outros 159 mil na cadeia produtiva, incluindo agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos.