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Anvisa descarta milho e mortadela de terem provocado botulismo

Geral – 05/09/2012 – 07:09

A Anvisa divulgou nesta segunda-feira (3) as análises dos produtos suspeitos de estarem associados aos quatro casos de botulismo em uma mesma família, ocorridos em Nova Canaã Paulista (SP). Eles foram internados em Santa Fé do Sul (SP), tiveram complicações, mas por sorte já se recuperam em casa.

A toxina responsável pela doença não foi identificada no resíduo do alimento encontrado na casa da família, preparado a partir da conserva de milho e da mortadela, que eram os principais suspeitos de terem provocado a doença. A toxina também não foi encontrada na amostra da mortadela, nem na lata vazia de milho testada pela Anvisa.

A medida cautelar de não consumir esses produtos, divulgada na última semana pela Vigilância Sanitária fica suspensa a partir da divulgação desses resultados. A família passou por novos exames nesta semana, em São José do Rio Preto (SP), que podem ajudar a identificar a causa da doença, que foi confirmada pelos médicos. Por enquanto, as investigações continuam.

A Estrela Alimentos, responsável pela mortadela, disse em nota que possui todos os tipos de controles de processo produtivo, controlando a qualidade dos materiais, insumos e produtos usados na fabricação, inclusive com inspeções diárias em todas as produções.

O botulismo é causado por uma bactéria que normalmente está presente em alimentos mal conservados. Antes do registro deste caso em Nova Canaã Paulista, o último registro da doença no Estado de São Paulo aconteceu em 2009. Desde o ano de 1997, quando a doença passou a ser de notificação compulsória, o Estado de São Paulo registrou 22 casos, dos quais cinco mortes.

Lote de mortadela da marca Estrela deve ser recolhido pela Vigilância Sanitária (Foto: Reprodução / TV Tem)Lote de mortadela foram recolhidos pela Vigilância Sanitária (Foto: Reprodução / TV Tem)

Como aconteceu

Pai, mãe e dois irmãos, de 9 e 12 anos, foram diagnosticados com botulismo, uma forma de intoxicação alimentar causada por uma bactéria presente em alimentos contaminados e mal conservados. A suspeita era de que a contaminação tivesse ocorrido por meio do consumo de mortadela contaminada.

A família deu entrada na Santa Casa no domingo (19) após apresentar sintomas da doença. Os principais são visão dupla e embaçada, fotofobia (aversão à luz), tonturas, boca seca, intestino preso e dificuldade para urinar. À medida que a intoxicação evolui, se manifesta na dificuldade para engolir, falar e de locomoção. Nos casos mais graves, há paralisia dos músculos respiratórios, o que pode ser fatal.

Como os pacientes corriam risco de morrer, os médicos da Santa Casa solicitaram o soro que combate o botulismo. Foi necessário mobilizar o grupamento aéreo da Polícia Militar de São Paulo para trazer o remédio da capital já que de ambulância o deslocamento poderia demorar cerca de 10 horas. Santa Fé do Sul fica a 626 quilômetros da capital. A operação durou duas horas e garantiu a vida da família.

A família teve alta da UTI no dia 23 de agosto, foram para o quarto e tiveram alta na última semana do hospital. Eles se recuperam em casa.

Fonte: Do G1

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