24.7 C
Três Lagoas
quinta-feira, 3 de julho, 2025

No governo do Bolsonaro viveu “anos dourados”

Pesquisa Dinamite pura foi divulgada nesta segunda-feira

O Observatório da Mineração e o monitor socioambiental Sinal de Fumaça lançaram hoje (27) o relatório Dinamite pura: como a política mineral do governo Bolsonaro armou uma bomba climática e anti-indígena, em que examinam como ocorreu o encadeamento de medidas que favoreceram o setor. 

Além disso, como o nome do documento adianta, há uma análise sobre os impactos das diretivas então adotadas, que ainda exigem cuidado da atual gestão.

Na avaliação das entidades, pode-se resumir as decisões do período como “a combinação explosiva entre o desprezo pelos direitos territoriais e humanos e uma sofisticada estratégia de lobby corporativo”. O documento destaca que a implementação de ações de interesse do empresariado do setor e investidores foi possível graças à adesão de parlamentares.

Durante os quatro anos de Bolsonaro no Palácio do Planalto, escrevem as entidades, tanto a mineração industrial quanto o garimpo ilegal vivem “anos dourados”, na teoria, na prática e com centenas de bilhões de reais investidos nos mercados interno e global. 

Ao longo de 84 páginas, os autores do relatório recuperam, mês a mês, fatos como o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e a meta do governo federal de permitir que empresas estrangeiras pudessem explorar as reservas de urânio brasileiras, de cerca de 609 mil toneladas.

O ano de 2019 não havia chegado ao fim e o Ministério de Minas e Energia propunha que a mineração no interior de florestas nacionais (flonas) fosse liberada. As flonas são, por definição, uma categoria de área que deveria contar com a proteção especial do Estado, uma unidade de conservação.

O relatório ainda coloca em evidência pontos como a falta de fiscais em determinados locais, de maneira que não se encontram barreiras à prática de ilegalidades na busca por metais.

Um caso citado é o de desfalques nos estados do Pará e Amapá. “Só em Itaituba [município paraense], às margens do Rio Tapajós, mais de 18 mil pedidos de permissão de lavra garimpeira aguardam análise da agência”, acrescentam os autores do estudo, a fim de dar a dimensão da vulnerabilidade da região, já que ao longo do rio vivem indígenas kayapó e munduruku, dois dos três povos mais atingidos pela mineração, juntamente com os yanomami.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Três Lagoas desperta interesse internacional com modelo de desenvolvimento industrial

Comitiva liderada por representante da ONU, visita o município para conhecer estratégias de expansão econômica e implantação do polo de celulose Na manhã desta quarta-feira...

Motociclista sofre fraturas após sair repentinamente de residência e ser atingido por carro

Acidente mobiliza Corpo de Bombeiros e interdita via movimentada de Três Lagoas no início da noite desta quarta-feira.

Atacante do Liverpool Diogo Jota morre em acidente de carro aos 28 anos

O atacante português Diogo Jota, de 28 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira (3) em um acidente de carro na Espanha. De acordo com...