19.2 C
Três Lagoas
terça-feira, 11 de novembro, 2025

Kemp denuncia problemas enfrentados por pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão

Na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (28), o deputado estadual Pedro Kemp (PT-MS), denunciou os problemas enfrentados pelos pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, na Capital. A paralisação de atendimento exige uma ação urgente do poder público para garantir à população o direito ao tratamento.

“São casos dramáticos, em que as pessoas estavam com medicamentos a serem tomados dentro de um cronograma estabelecido e simplesmente chegaram lá e tiveram seu tratamento suspenso. ‘Sua injeção não será dada, sem perspectiva de nova data’. A pessoa entra em desespero. O tratamento já é sofrido e sabemos que quanto antes o acesso, mais chances de cura. Eles estão sem alternativa”, disse o deputado com base nas reportagens sobre a situação do hospital.

“O Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande, que poderiam oferecer o atendimento a esses pacientes, têm nos últimos anos transferido sua responsabilidade a hospitais filantrópicos, mas que hoje tem sim a responsabilidade por essa situação. É atendimento que não pode esperar. Lembro que no Governo Dilma [Rousseff] foi oferecido cinco aceleradores lineares para o tratamento de câncer que, simplesmente, foram dados pelo Estado à iniciativa privada. É nosso papel cobrar. Que o Estado se organize e ofereça o atendimento público, pois os hospitais privados tiveram reformas e aparelhos comprados com o dinheiro público. E tiveram lucro. Há a mercantilização dos serviços”, frisou e ainda, cobrou também transparência na gestão dos recursos, por parte do HCAA.

CPI da Saúde – No ano de 2013, a CPI da Saúde, realizada na Assembleia Legislativa, apresentou relatório apontando indícios de má gestão hospitalar. Neste ano, o Fantástico noticiou as escutas telefônicas captadas durante investigação da PF (Polícia Federal), MP (Ministério Público) e CGU (Controladoria-Geral da União), que reforçaram as suspeitas de irregularidades no Hospital do Câncer (HC) e Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, na época. As gravações mostraram relatos sobre sessões de quimioterapia em pacientes que já tinham morrido, cobrança por tratamento contra o câncer que nunca foi realizado e o fechamento do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas particulares.

As irregularidades vieram à tona na operação Sangue Frio.

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

Batarodeio 2025 volta a Bataguassu com entrada franca e shows nacionais

Evento será realizado de 10 a 13 de dezembro no Parque da Juventude, com rodeio, música, praça de alimentação e programação para toda a...

Isenção do IR para salários até R$ 5 mil deve beneficiar 250 mil pessoas e movimentar economia de MS

Mudança pode injetar até R$ 1,1 bilhão por ano no Estado, segundo estimativa de especialista. A nova faixa de isenção do Imposto de Renda para...

Falsos advogados aplicam golpes e causam prejuízo de mais de R$ 230 mil em MS

Criminosos utilizam nomes e fotos de profissionais reais para convencer vítimas de que há valores de ações judiciais a receber. Em apenas 15 dias, moradores...