Educação – 03/08/2012 – 07:08
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Adufms-Sindical) deve decretar o fim da greve nos campi do estado até o fim deste mês. Em consulta eletrônica realizada pela instituição, a maioria dos professores filiados votou a favor da proposta de reestruturação de carreira e reajuste salarial apresentada pelo governo federal. O resultado da votação foi divulgada nesta quinta-feira (2).
Segundo informações da Adufms, 64% dos professores que participaram da consulta eletrônica votaram a favor da proposta feita pelo governo federal e 36% votaram contra. Não houve abstenções e nem votos nulos e brancos.
Ainda segundo a Adufms, dos 840 professores filiados, 172 votaram. Apesar da baixa participação dos docentes na consulta eletrônica, a associação considera a votação válida.
A greve, iniciada no dia 21 de junho pelos docentes da instituição, permanece. A assessoria de imprensa da Adufms informou ao G1 que será realizada uma assembleia geral para legitimar o fim da paralisação na UFMS. A data da assembleia ainda não foi definida pelo órgão.
A Adufms é ligada a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). A consulta eletrônica foi feita ainda por sindicatos de docentes e outras 43 universidades e institutos federais do país. Dos 5.222 professores que participaram , 74% responderam favoravelmente à proposta, 25,3% foram contrários, 0,6% não se manisfestaram e 0,1% votaram em branco. A Proifes representa professores de 6 das 57 instituições que paralisaram as atividades no país.
Reajuste
O termo de acordo proposto pelo governo federal assegura a todos os docentes um reajuste de pelo menos 25% sobre a remuneração de março, quando houve aumento de 4%. Para os professores titulares o índice atinge até 40%. Os valores serão pagos em três parcelas, nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Pela tabela do Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Educação, um professor titular, com dedicação exclusiva, passa de R$ 12.225,25 para R$ 17.057,74 ao se completar a aplicação do índice.
Esta é a segunda e definitiva proposta apresentada pelo governo federal. Pela anterior, onde os reajustes partiam do índice de 12%, o custo seria de R$ 3,92 bilhões e o pagamento ocorreria nos meses de julho. Agora, com os novos índices, o impacto no Orçamento da União é de R$ 4,2 bilhões. Além disso, a aplicação dos índices foi antecipada para março de cada ano.
Fonte: G1 MS / Divulgação