Economia – 18/07/2012 – 18:07
Reduzir a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados ao aterro é uma das metas da Fibria, previsto no Relatório de Sustentabilidade 2011 da empresa. Para isso a companhia fechou uma parceria com a empresa Proactiva para fazer a transformação dos resíduos inorgânicos em corretivos de acidez de solo.
A expectativa é que até meados de 2013, a empresa utilize 100% dos resíduos (Dregs, Grits e Lama de Cal) do processo produtivo da celulose para produzir o corretivo de acidez de solo. O projeto em fase de implantação na unidade Três Lagoas conta com uma área de 30.000 m² próxima ao aterro industrial da fábrica.
“Na área destinada pela Fibria para a instalação da Proactiva, serão construídos 01 pavilhão industrial e galpões de armazenamento impermeabilizados para que não ocorram infiltrações ou contaminação do solo e onde serão instalados os equipamentos necessários para fazer o corretivo de solo com o mix dos resíduos gerados”, explicou o Gerente Administrativo da Proactiva, Robertson Brandão.
A Proactiva será responsável por produzir o corretivo de acidez de solo, que poderá ser utilizado na unidade Florestal da Fibria. Para a produção do mix serão utilizados o dregs, grits, cinzas e lama de cal gerados no processo de fabricação da celulose. “Na prática, em vez desses resíduos irem direto para o aterro industrial, serão reutilizados para produzir o corretivo de solo, o que é muito melhor para o meio ambiente”, completou a Consultora de Meio Ambiente Industrial, Lillian Carvalho.
Esse corretivo tem a função de neutralizar a acidez do solo e isso reflete em um melhor resultado no plantio. “Uma das características do solo brasileiro é sua acidez, o que desequilibra o comportamento dos nutrientes. A aplicação do corretivo de solo consegue neutralizar essa acidez resultando positivamente no plantio. Além desse beneficio do mix feito de dregs, grits, cinza e lama de cal, também retornamos para o meio ambiente cálcio e magnésio. Esta técnica já é praticada na agricultura convencional e também no eucalipto,” diz Robertson.
A destinação correta dos resíduos gerados durante o processo de produção de celulose está prevista na lei que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos que entrará em vigor em 2015. A legislação determina que todas as indústrias descartem corretamente 100% da geração de resíduos. “A Fibria além de utilizar o produto gerado no processo industrial para aplicação em suas florestas do corretivo de solo deixará de enviar 39 mil toneladas de resíduos para o aterro. O grande ganho para a empresa é na questão ambiental, e na redução de custo fabril, além de cumprir a legislação antes do preconizado na lei”, explicou Lillian Carvalho.
A expectativa é que a empresa contratada inicie o processamento dos resíduos em outubro com 30%, novembro 60%, dezembro 90% e em janeiro do próximo ano 100%.
Engenharia: Durante a Parada Geral, a área de engenharia realizou as interligações necessárias para iniciar a construção das linhas que levarão as utilidades para a área de processamento de corretivo de solo da Proactiva. “As obras da Engenharia para levar água, energia elétrica e bombeio de efluentes estão em andamento em paralelo com a construção da Fábrica de Corretivo de Solo”, explicou o gerente de Engenharia, Luiz Carlos Magina.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto especializado em embarque de celulose, Portocel – Terminal Portuário de Barra do Riacho (ES). Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis localizados nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, a Fibria trabalha com uma base florestal total de 1,077 milhão de hectares, dos quais 403 mil são destinados à preservação permanente.
Fonte: Assessoria de imprensa / Divulgação