Por denunciar, começou a ser intimidada e até um grupo no WhatsApp com amigos do autor do abuso foi adicionada, onde debocharam do crime.
A jornalista Gabrielle Borges, de 32 anos usou sua rede social para denunciar um caso em que foi vítima de abuso sexual há um ano atrás em uma festa, realizada em um rancho, no começo de 2021. O caso tomou uma grande repercussão e outras vítimas apareceram, dando seus relatos.
Na época, Gabrielle não denunciou o crime por medo de perder seu emprego na época e também ser um ano de pandemia, e por estar em uma festa “clandestina” com algumas amigas. A vítima relatou que ao ficar com um homem, ele teria passado uma “bala” para sua boca, que na verdade era uma droga, a deixando fora de si.
Quando foi levada por ele para uma árvore, foi prensada pelo homem e teve sua roupa levantada, quando o mesmo tentou ter relações sexuais com ela, conseguindo sair cambaleando desse local. Porém, ele teria ido atrás e a estuprado.
Gabrielle não lembrava do que tinha acontecido, mas o crime deixou rastros em seu corpo e em seu psicológico, já que faz tratamento até os dias de hoje, para tentar lembrar do que houve. Após encontrar o autor do estupro em uma festa, e ele fazer “chacota” do acontecido, procurou a delegacia. Depois de expor seu caso, outras vítimas do mesmo homem apareceram.
Após fazer a denúncia, sofreu ameaças e perseguições e tem medo. Até mesmo um grupo de WhatsApp com os amigos do autor ela foi adicionada, para debochar do caso. O crime foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), porém, a delegada Nelly Macedo não quis se pronunciar no momento sobre o que acontecerá em relação à denúncia feita pela jornalista.
