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terça-feira, 7 de maio, 2024

Escolas da rede estadual devem ter ensino 100% presencial já no mês de outubro

As escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE) devem retornar com 100% da capacidade a partir de outubro, conforme apontou a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta. 

“Está todo mundo vacinado, não tem porque continuar com o escalonamento. As escolas privadas estão com as aulas presenciais, enquanto a rede estadual não, mas o município liberou 100% das Emeis, por isso pedi que o grupo do Prosseguir refizesse algumas diretrizes para que tenhamos o retorno presencial 100% em outubro”, destacou. 

Segundo a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS (Fetems), se os protocolos de biossegurança contra o coronavírus forem mantidos, o retorno total deve acontecer, enquanto para o Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), o momento não é seguro para a volta de 100% da capacidade. 

Desde o dia 2 de agosto os alunos da rede estadual de ensino retornaram às aulas presenciais de maneira escalonada, de acordo com as bandeiras do mapa do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) determinadas para cada município do Estado. 

De acordo com o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rivaldo Venâncio, o retorno presencial às aulas já deveria ter acontecido, visto que houveram diversas flexibilizações. 

“Já passou da hora de reabrir as escolas, todos os outros lugares estão funcionando, templos, academias, bares e as escolas foram os primeiros a fechar e os últimos a reabrir. Qual o sentido de reabrir templos, academias e deixar as escolas fechadas? Estamos protegendo quem com essa medida?”, apontou. 

Atualmente, as cidades que estão na bandeira cinza do Prosseguir atuam com 30% dos estudantes em sala. Na bandeira vermelha, de alto risco para contágio e propagação da Covid-19, as escolas devem ter 50% dos alunos. 

Já na bandeira laranja, 70% dos alunos devem estar em sala de aula. Enquanto a bandeira amarela sinaliza que as escolas podem receber até 90% dos alunos. 

De acordo com as determinações em vigor, as aulas 100% presenciais só deveriam retornar em cidades na bandeira verde, que indica grau baixo de contágio por coronavírus.

A secretária reforçou que os profissionais de educação já tiveram a oportunidade de completar a imunização contra a Covid-19 e que a vacinação entre os adolescentes de 12 a 17 anos segue avançando. 

Mota destaca que as atuais determinações para o bandeiramento do Prosseguir estão defasados e por isso precisam de alterações. A expectativa é que nos próximos dias, durante a reunião do comitê gestor, novas diretrizes sejam estabelecidas.

“Queremos encontrar outros parâmetros para avaliar o Prosseguir, para assim todos retornarem. Se analisarmos o número de leitos, mortes e casos confirmados, os números estão reduzindo. Na medida do possível, a vida está retornando ao normal”, destacou Mota.

INSEGURANÇA 

Para o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, com o avanço da vacinação, o retorno 100% presencial na rede estadual deve ocorrer se todos os protocolos de biossegurança forem mantidos. 

“Estamos caminhando para o último bimestre do ano, o retorno 100% presencial depende dos números da Covid no Estado. É fato que a vacinação avançou, mas os cuidados com a pandemia precisam ser mantidos. A secretária de saúde deve avaliar essa questão, a nossa preocupação é quanto a segurança dos alunos”, avaliou.

De acordo com a titular da REE, as escolas continuarão com todos os cuidados necessários, como a aferição de temperatura, distribuição de máscaras, disponibilização de álcool em gel 70%, sabonete líquido e papel-toalha. 

Teixeira reitera que a Fetems tem fiscalizado diversas escolas estaduais e todos os protocolos estão sendo cumpridos, sendo essencial manter todos os cuidados para a segurança dos alunos e profissionais. 

Em contrapartida, o presidente da ACP, Lucílio Nobre, discorda de abrir 100% as escolas. Segundo ele, mesmo com o avanço da vacinação, ainda não foi zerado o número de óbitos por Covid e não se deve colocar em risco a comunidade escolar. 

“A posição da ACP é contrário, não temos a cura desse mal. Todos estão trabalhando da maneira possível, enquanto tiver morrendo um por Covid é arriscado e preocupante esse retorno, não podemos naturalizar o vírus e colocar vidas em risco”, alegou. 

Informações do site Correio do Estado

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