Mesmo antes da pandemia, o duque de Edimburgo não queria grandes mobilizações públicas; organizadores ainda não divulgaram uma data para o enterro
09/04/2021 14h17
Por: Gabrielle Borges
O anúncio da morte do príncipe Philip, na manhã desta sexta-feira, deu início aos preparativos para seu funeral, que como todo integrante da família real britânica já estava planejado há muitos anos muito embora a nova realidade do planeta, a pandemia da Covid-19, tenha provocado algumas mudanças nos planos.
De acordo com o protocolo oficial, será um evento reduzido e discreto, algo definido antecipadamente pelo próprio Philip e que leva em consideração as questões sanitárias. Não foi divulgada uma data para as cerimônias.
“O funeral não será de Estado e não haverá um velório aberto ao público. O corpo de Sua Alteza será levado ao Castelo de Windsor antes do funeral na Capela de São Jorge. Isso está de acordo com os costumes e os desejos de Sua Alteza”, afirmou, em comunicado, o Colégio de Armas de Londres, responsável pelo protocolo. “Os arranjos para o funeral foram revisados diante das circunstâncias decorrentes da pandemia da Covid-19 e com pesar pedimos ao público que não tente participar dos atos.”
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A primeira parte dos eventos relacionados ao funeral já está em andamento: o Reino Unido está em luto oficial, com bandeiras a meio mastro e apresentadores de canais de notícias usando roupas pretas. Pelos protocolos, todos os eventos oficiais envolvendo a realeza serão suspensos até segunda ordem.
Na prática, Philip teria o direito de um funeral de Estado, tratado internamente como Operação Ponte Forth. Mas, ao contrário de grandes funerais no passado, como o funeral da rainha-mãe, Elizabeth, em 2002, ou mesmo da princesa Diana, em 1997, todas ações serão discretas, a pedido do próprio Philip, conhecido por não ser um entusiasta de grandes cerimônias, mesmo antes da pandemia.
Caso tivesse optado por um funeral de Estado, como o fez o rei George VI em 1952, haveria um cortejo militar até a Abadia de Westminster, onde seria realizado um velório aberto ao público, seguido por uma cerimônia fechada na própria abadia ou na Catedral de São Paulo, e seu corpo também seria sepultado na Capela de São Jorge, onde estão enterrados dezenas de integrantes da realeza britânica.
Segundo a imprensa britânica, a maior preocupação é evitar atos que provoquem grandes aglomerações, seja em Londres ou em Windsor. Pelos planos, que eram constantemente revisados pelo príncipe, em especial depois do agravamento dos seus problemas de saúde, compareceriam apenas integrantes da família, amigos e chefes de Estado da Commonwealth, a Comunidade Britânica, formada em boa parte por ex-colônias britânicas. Mas mesmo esse ponto está sujeito a alterações hoje, enterros podem reunir no máximo 30 pessoas no Reino Unido.


