Mesmo na lista da Polícia, Paulo Sérgio Bacelar Torres recebeu o auxílio R$ 600 do governo federal
10/02/2021 09h27
Por: Gabrielle Borges
Ponta Porã – Na lista dos procurados da Polícia Federal brasileira e da Interpol, a Polícia Internacional, Paulo Sérgio Bacelar Torres, 49, foi preso hoje (8) em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Ele está condenado a 14 anos e 8 meses por tentativa de homicídio e ameaça contra a ex-namorada. O crime ocorreu em 30 de janeiro de 2006, no Ceará.
Pilotando uma moto Honda Biz, Paulo Torres tentou fugir da abordagem durante blitz de rotina da Gmfron (Guarda Municipal Fronteira), mas foi perseguido e preso.
Durante consulta ao sistema policial, os guardas descobriram o mandado de prisão expedido no dia 19 de maio de 2017 pela juíza Valencia Maria de Sousa Aquino, da 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza (CE).
A condenação é definitiva, ou seja, não cabe mais recurso. Paulo foi julgado e considerado culpado por tentativa de homicídio duplamente qualificada no dia 17 de maio de 2017, quando já estava foragido.
Com validade até maio de 2047, o mandado de prisão cita que Paulo Torres estava foragido no exterior, possivelmente no Paraguai. Mas ele estava residindo em Ponta Porã, cidade brasileira separada apenas por uma rua do território paraguaio.
Mesmo na lista dos procurados da Interpol, Paulo Sérgio Bacelar Torres recebeu o auxílio emergencial de R$ 600, pago pelo governo federal por causa da pandemia do novo coronavírus.
O crime – Conforme a ação penal que resultou na condenação de Paulo, ele e a vítima iniciaram relacionamento em 2005, mas logo a mulher percebeu que o homem era violento e ciumento. Depois de agressões e ameaças, ela terminou o namoro.
No dia do crime, Paulo Torres esperou a ex-namorada sair de um hospital no bairro Meireles, na capital cearense, e tentou obrigá-la a acompanhá-lo. Como a mulher começou a gritar, Paulo desferiu vários golpes de faca nela e fugiu.
Segundo a investigação policial, mesmo foragido, Paulo mandava e-mail para a ex-namorada fazendo ameaças contra ela e seus familiares, caso o processo tivesse andamento. Ele foi entregue pelos guardas municipais na 2ª Delegacia de Polícia Civil em Ponta Porã.
