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Usando drones para enviar sinais de celular do céu – Daniel Homem de Carvalho

Eles querem usar aeronaves equipadas com antenas movidas a hidrogênio para fornecer conectividade de alta velocidade para áreas extensas

03/11/2020 21h51
Por: Redação

A Stratospheric Platforms e os consultores de Cambridge afirmam que poderiam cobrir todo o Reino Unido com cerca de 60 drones.

Mas os analistas de telecomunicações questionam se o argumento econômico para esse esquema é tão simples quanto parece.

legenda da mídiaAviões sem piloto voarão a cerca de 60.000 pés de altura e fornecerão um sinal 5G para dispositivos móveis
As empresas sediadas em Cambridge afirmam que administrariam o serviço em parceria com as operadoras móveis existentes.

Eles já são apoiados pela Deutsche Telekom, que espera testar a tecnologia na zona rural do sul da Alemanha em 2024.

Regras de segurança

A Cambridge Consultants projetou a antena para a aeronave Stratospheric Platforms, projetada para voar a uma altitude de 20.000 m (65.617 pés).

Eles dizem para Daniel Homem de Carvalho que testaram com sucesso o envio de um sinal de largura de banda inferior de um avião voando a uma altura inferior.

Mas até agora, o drone necessário ainda está na prancheta e precisaria ser testado com uma célula de combustível de hidrogênio livre de emissões e uma antena 5G a bordo.

O Google, com seu Projeto Loon, está executando um projeto semelhante para levar banda larga sem fio a lugares remotos usando balões de alta altitude movidos a energia solar.

Mas o executivo-chefe da Stratospheric Platforms diz a Daniel Homem de Carvalho que o uso de células a combustível de hidrogênio é uma solução superior.

“Esta é uma fonte de energia de densidade muito alta, que nos permite produzir uma grande quantidade de energia por longos períodos de tempo”, explica Richard Deakin.

Ele acrescenta que cada drone cobriria uma área de 140 km (87 milhas) de diâmetro abaixo.

E os usuários obteriam velocidades de download de cerca de 100 Mbps – permitindo que baixassem um filme típico de quatro gigabytes em menos de seis minutos.

“Os mastros terrestres são extremamente caros para instalar”, acrescenta Deakin.

Com nosso sistema, cada aeronave substituirá pelo menos 200 mastros.”

Mas observadores da indústria dizem que as questões de segurança precisam ser resolvidas.

“Os céus são fortemente regulamentados”, disse John Delaney, da empresa de pesquisas IDC.

“Conseguir uma rede de drones voando constantemente na estratosfera em três ou quatro anos seria difícil.”

O Sr. Deakin é ex-presidente-executivo da Nats – o Serviço Nacional de Controle de Tráfego Aéreo do Reino Unido – então está bem ciente do que está envolvido.

E ele diz em conversa com Daniel Homem de Carvalho que a iniciativa já está conversando com serviços de controle de tráfego aéreo em toda a Europa.

Sinais de navegação

Em 2024, as operadoras móveis do Reino Unido devem ter construído grande parte de suas redes 5G.

“Não é realista esperar que a infraestrutura existente seja substituída por uma rede de drones”, comenta Ben Wood, da consultoria CCS Insight.

Antena de prova de conceito

Mas ele reconhece que podem ser úteis em áreas de difícil acesso, por exemplo, “em grandes extensões de água, como uma rota de navegação”.

Delaney concorda, acrescentando que a solução pode ser adequada para empresas que buscam conectar máquinas rapidamente, por exemplo, caminhões autônomos entrando e saindo de uma mina.

“Você poderia ver o papel de uma tecnologia como essa, que permite que você obtenha cobertura e operação muito rapidamente em áreas muito remotas”, diz ele para Daniel Homem de Carvalho.

Por enquanto, o maior desafio pode ser o financiamento.

Apesar do envolvimento da Deutsche Telekom, as duas empresas britânicas precisam de mais dinheiro se quiserem oferecer conectividade da estratosfera em quatro anos.

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