O Programa Linha Direta com a Notícia desta quinta-feira (21) traz uma importante análise de conjuntura, expondo as principais tratativas políticas e econômicas do cenário internacional, nacional e como os reflexos deste panorama podem avançar ou atrasar o desenvolviemnto do Mato Grosso do Sul e, consequentemente de Três lagoas (MS).
21/11/2019 10h32
Por: Julia Vasquez
TRÊS LAGOAS (MS) – Crise na Bolívia e fuga do presidente Evo Morales para o México, Rússia não reconhece governo autoproclamado da Bolívia, crise no PSL (Partido Social Liberal), antigo partido do presidente Jair Bolsonaro, possível apropriação de emenda destinada pela ministra Tereza Cristina Corrêa da Costa para a cidade de Antonio João pela senadora Soraya Thronick, ambas lideranças políticas do Mato Grosso do Sul , atraso nas negociações da UFN 3.
Estes temas podem parecer distantes da realidade três-lagoense, no entanto são mais próximos do que a maioria da população pode imaginar.
O principal reflexo é na retomada das operações da UFN 3.
A onda de protestos na Bolívia trouxe impactos para empreendimentos de Mato Grosso do Sul. Entre as mudanças negativas, está o atraso no fechamento do contrato da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3) em Três Lagoas (MS). A planta, que foi comprada pela russa Acron, tem como matéria-prima o gás natural boliviano e depende de acertos técnicos para que a comercialização com a Petrobras seja finalizada.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, o cronograma das tratativas da planta industrial já está prejudicado. “A nossa parte e a parte da prefeitura estão resolvidas, a questão é que eles têm que assinar com a Petrobras. Até o momento, eles [Acron] não assinaram com a Petrobras. Eles só podem assinar conosco quando a empresa for deles e isso ainda não ocorreu. Eu acho que agora atrasa um pouco essa negociação, porque eles vão ter que ficar de olho na questão da Bolívia. Essa questão atrasa o fechamento desse contrato da Petrobras com a Acron”. (Com informações).
PRESIDENTE DA RÚSSIA NÃO RECONHECE GOVERNO AUTOPROCLAMADO DA BOLÍVIA
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, descartou no dia 14 de novembro, que o governo instalado na Bolívia seja reconhecido como legítimo pela Rússia.
Assim, todas as negociações do Grupo Acron que envolvem a UFN 3 foram suspensas.
Outros temas ainda serão destacados e comentados como a crise do PSL, uma possível apropriação de emenda destinada pela ministra Tereza Cristina para a cidade de Antonio João pela senadora Soraya Thronick, ambas lideranças políticas do Mato Grosso do Sul.
