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sábado, 27 de abril, 2024

Secretaria de Saúde de Três Lagoas explica sobre a situação do município referente ao vírus Ebola

28/08/2014 – Atualizado em 28/08/2014

O vírus é altamente infeccioso e está amedrontando o mundo, não há nenhum caso no Brasil mas o ministério da saúde fez orientações aos municípios do país

Por: Ray Santa Cruz

O Coordenador de Educação e Saúde de Três Lagoas Fernando Garcia, explanou sobre a situação do município e do Brasil, referente a o vírus que está assustando o mundo nas últimas semanas.

De acordo com Garcia o Ministério da Saúde, gerou orientações e cuidados, alertando a população sobre as causas e os riscos da doença. A preocupação são com a população de imigrantes africanos que ora ou outra adentram ao país.

Como o vírus pode ficar encubado no organismo por até 21 dias antes de se manifestar, a pessoa infectada pode viajar e transmitir para inúmeras regiões sem que se perceba o Ebola. O vírus não é transmitido pelo ar e sim pelo contato direto com o infestado.

O RISCO

O Protocolo do Ministério da Saúde, é que deve-se ficar atento à população flutuante, aeroportos e migração de pessoas dos países Africanos.

Garcia diz que nenhum caso foi registrado no país, mas é interessante que fiquemos preparados caso aconteça. O Hospital Auxiliadora, é referência na região para o tratamento de diversas doenças e os profissionais estão sendo preparados caso haja, alguma suspeita ou sintomas em algum município do Bolsão.

Também como um certo alívio a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirma que dificilmente haverá um surto de transmissão para outros países do mundo.

Para o coordenador mesmo assim é importante que a população saiba dobre o vírus, sintomas e formas de contagio. Para isso, o setor de educação e saúde está organizando palestras em escolas, empresas e divulgação para a população.

OS HAITIANOS NÃO SÃO DO CONTINENTE AFRICANO

Outro fator que está incomodando e trazendo até mesmo situações polêmicas em Três Lagoas, é o fato da cidade estar sendo ocupada pela população haitiana, que vem para trabalhar no município.
Fernando Garcia, alerta para que os Três-Lagoenses não se alarmem, e não causem certos transtornos para essas pessoas, pois o país de origem deles o Haiti, fica localizado na América Central e não no continente Africano.

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O preconceito não pode dominar a população, diz Garcia. Os trabalhadores haitianos são negros, mas isso não quer dizer que tenham vindo de países onde está havendo o surto do Ebola.

Além disso, a maioria tem registro de imigração e carteira de trabalho, o que significa que o indivíduo passou por um centro médico no município, tomou todas as vacinas de praxe no país e até mesmo realizou uma série de exames que são pedidos pela empresa contratante.

SOBRE O VÍRUS EBOLA

O Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.

A primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.

Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram.

Há cinco espécies do vírus Ebola: Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma enfermidade ou morte foi relatada.

MSF tratou centenas de pessoas afetadas pelo Ebola em Uganda, no Congo, na República Democrática do Congo, no Sudão, no Gabão e na Guiné. Em 2007, MSF conteve completamente uma epidemia de Ebola em Uganda.

O que causa o Ebola?

O Ebola pode ser contraído tanto de humanos como de animais. O vírus é transmitido por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais.

Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ebola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.

Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

Enterros onde as pessoas têm contato direto com o falecido também podem transmitir o vírus, enquanto a transmissão por meio de sêmen infectado pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica.
Ainda não há tratamento ou vacina para o Ebola.

Sintomas

No início, os sintomas não são específicos, o que dificulta o diagnóstico.

A doença é frequentemente caracterizada pelo início repentino de febre, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta. Isso é seguido por vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais e, em alguns casos, sangramento interno e externo.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a exposição ao vírus. Alguns pacientes podem ainda apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir.

Diagnóstico

Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.

Tratamento

Ainda não há tratamento ou vacina específicos para o Ebola.

O tratamento padrão para a doença limita-se à terapia de apoio, que consiste em hidratar o paciente, manter seus níveis de oxigênio e pressão sanguínea e tratar quaisquer infecções. Apesar das dificuldades para diagnosticar o Ebola nos estágios iniciais da doença, aqueles que apresentam os sintomas devem ser isolados e os profissionais de saúde pública notificados. A terapia de apoio pode continuar, desde que sejam utilizadas as vestimentas de proteção apropriadas até que amostras do paciente sejam testadas para confirmar a infecção.

O fim de um surto de Ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado.

(Informações retiradas do msf.org)

Foto: Rádio Caçula

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