04/08/2015 – Atualizado em 04/08/2015
Por: Redação
João Carvalho, Presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde e Sindicato dos Enfermeiros Técnicos e Auxiliares do Setor Privado de Três Lagoas (MS), participou hoje (4) do Programa Linha Direta com a Notícia, apresentado por Romeu de Campos Júnior na Rádio Caçula, para falar sobre proposta salarial do Hospital Auxiliadora, rejeitada em assembleia pelos funcionários da saúde.
O presidente do sindicato iniciou falando da assembleia realizada na noite de ontem, onde foram apresentados todos os itens da contraproposta do hospital Auxiliadora, que retira alguns direitos já conquistados pelos trabalhadores, tais como: benefícios de assiduidade e gratificação por tempo de serviço, acarretando desvalorização no salário.
Segundo o sindicalista, o Hospital Auxiliadora quer retirar os direitos já adquiridos dos funcionários, por isso existe grande rotatividade de trabalhadores e não conseguem manter o quadro funcional por muito tempo. “É difícil um trabalhador da saúde ficar mais de dois ou três anos trabalhando no Hospital Auxiliadora, pois não existe a valorização profissional, ou seja, para a direção do hospital não importa se o funcionário trabalha há meses ou anos, a (des)valorização é a mesma.”, disse João Carvalho.
João Carvalho relatou que a contraproposta do Hospital Auxiliadora foi totalmente rejeitada pelos trabalhadores, restando ao sindicato apresentar novamente para a direção do hospital a proposta inicial, abordando além da valorização salarial, benefícios adquiridos, a precariedade para a realização de suas atividades e o número reduzido de trabalhadores no local.
Sobre a terceirização dos serviços de saúde no Hospital Auxiliadora, João Carvalho disse que a categoria tem muita preocupação com a qualidade dos serviços prestados com transferência do atendimento público para o atendimento privado, onde o lucro é o objetivo principal, e acredita que o Hospital Auxiliadora ainda não está preparado para esse processo.
Sobre greve, o sindicalista relata que o movimento grevista é o instrumento legitimo para o trabalhador buscar seus direitos, e deve ser utilizada somente em último momento, mas não está descartada a greve se o Hospital não mudar sua proposta. “As negociações estão abertas”, finalizou João Carvalho.