24/06/2015 – Atualizado em 24/06/2015
Por: Ana Carolina Kozara com informações do repórter Carlos Santos
Na noite desta terça-feira (23) a equipe de reportagem da Rádio Caçula compareceu ao UPA (Unidade de Pronto Atendimento) a fim de verificar a situação do atendimento à população de Três Lagoas (MS) e mais uma vez se deparou com uma situação caótica.
Como de costume os pacientes estavam abandonados na sala de espera e nos corredores da unidade aguardando a boa vontade dos enfermeiros em realizar a classificação de risco para que assim aguardem mais horas por um atendimento que na maioria das vezes não é satisfatório.
De acordo com relatos das pessoas que estavam presentes no UPA, os funcionários passam o tempo todo conversando através do aplicativo whatsapp e não prestam o devido atendimento aos pacientes, que ao questionarem são destratados e continuam largados a mercê da sorte.
A equipe de reportagem presenciou a chegada de uma idosa com dificuldade de locomoção e que contou com a solidariedade de pessoas voluntarias que se mobilizaram para conseguir uma cadeira de rodas e encaminhar a senhora para dentro da unidade de saúde, já que de acordo com os funcionários da unidade, eles não têm a obrigação de prestar este tipo de serviço.
A situação de desrespeito vai muito além da falta de vontade no atendimento dos pacientes, ainda existem casos de pessoas que entram na unidade pela porta dos fundos e recebem atendimento preferencial por conhecer pessoas de dentro da unidade de saúde, deixando o povo que aguarda muitas horas na recepção apenas para ser classificados quanto ao risco de morte, esperando ainda mais para receber os devidos cuidados médicos.
Quando finalmente as pessoas conseguem ser atendidas e diagnosticadas, os pacientes se deparam com outro problema gravíssimo que é a falta de medicamento. Denúncias apontam que os médicos prescrevem os medicamentos e horários para que as pessoas possam se recuperar e a unidade não tem estes remédios disponíveis, deixando mais uma vez a população entregue a própria sorte.
A reportagem buscou conversar com a coordenação da unidade e se surpreendeu ao descobrir que no turno da noite existem cinco enfermeiros chefe e nenhum quis se pronunciar a respeito da situação observada no local.
Na manhã desta quarta-feira (24) duas pessoas que estavam no UPA na noite de ontem conversaram ao vivo no Programa Toninha Campos e relataram aos ouvintes que quando disseram aos funcionários que iriam entrar em contato com a equipe de reportagem da Rádio Caçula os atendentes começaram a prestar atendimento e ainda assim fazendo seu trabalho demonstrando extrema falta de vontade.
Outro caso que foi denunciado também durante o programa por uma ouvinte, foi que ela esteve presente na unidade de pronto atendimento e os médicos e enfermeiros se recusaram a aplicar uma injeção na mulher que sentia fortes dores, obrigando a mesma a procurar auxilio nas farmácias da região.
Mais uma vez observamos o UPA entrando em colapso e quem sofre com isso é a população que paga seus impostos e em momentos de necessidade são obrigadas a recorrer a um sistema doente, sendo destratados e humilhados quando estão mais debilitados precisando contar com o auxilio de pessoas voluntarias e ainda aguentar desaforo de funcionários sem educação e com má vontade.
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