29/07/2014 – Atualizado em 29/07/2014
Por: Ray Santa Cruz
Olga Batista de Queiroz, de 71 anos, compareceu na Redação da Rádio Caçula, para mostrar um abaixo-assinado reivindicando melhor condição de atendimento no CEM (Centro de Especialidades Médicas) de Três Lagoas.
Ela se diz triste e indignada com o menosprezo e a falta de respeito com a classe necessitada, “É uma classe que fica sem comer, mas tudo se paga, e quando ele (o cidadão) chega para pegar um remédio não tem atendimento, não tem a medicação, mas no final acaba pagando os impostos”.
A reclamação maior da idosa, foi devido a um ocorrido na última sexta-feira (25), onde segundo ela, vários pacientes tiveram que aguardar por mais de duas horas na fila de atendimento farmacêutico para pegar os remédios. Além, disso dona Olga explica que muitas pessoas passaram frio na fila, crianças perderam aula pois estavam acompanhando os pais e teve até casos em que os cidadãos não conseguiram o medicamento pois está em falta no município.
“Eu quero pedir… por favor, órgãos competentes vamos entender que nossos irmãos da periferia estão passando necessidade e não tem remédio!” diz dona Olga Batista.
A aposentada explica que a estrutura do CEM, não está atendendo os pacientes, e afirma que no dia citado somente uma funcionária prestava serviços às pessoas, “Não tem banco, as pessoas tem que ficar por horas em pé na fila, para depois descobrir que não tem remédio, isso é uma falta de respeito com os desfavorecidos”afirma.
Dona Olga ainda diz que conhece pessoas que vieram de Brasilândia-MS a cerca de 65,8 quilômetros de Três Lagoas para se consultar e fazer a retirada de remédios, porém, não obtiveram sucesso.
A equipe de Reportagem da Rádio Caçula, entrou em contato com o responsável pelo CEM, mas não obteve resposta sobre o caso.
Bondosa, Dona Olga trata as outras pessoas como irmãos ou irmãozinhos e se emocionou quando lembrou que muitos não tinham sequer um agasalho para se proteger do frio, ela agradeceu a Deus por possuir uma pequena renda da aposentadoria e pediu às autoridades competentes que olhem melhor para a classe desfavorecida de Três Lagoas.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Três Lagoas enviou uma nota em resposta ao caso, nesta quarta-feira, 30 de julho de 2014. Leia na íntegra:
Atendendo a solicitação deste veículo de comunicação sobre a denúncia recebida quanto à falta de medicamentos na farmácia do Centro de Especialidades Médicas – CEM e a demora nas filas para retirada dos medicamentos, a Secretaria Municipal de Saúde informa que está ciente do problema e tomando providências para resolução da situação.
Matéria re-editada para acréscimos de informações.
