08/09/2014 – Atualizado em 08/09/2014
O Repórter News desta segunda-feira (08), mostra a cena inusitada ocorrida na área central de Três Lagoas.
Por: Ray Santa Cruz
O Repórter News desta segunda-feira (08), contou com a ajuda do internauta Rodrigo Francisco, que passou pela Praça Ramez Tebet, por volta das 14 horas e ao se aproximar do carro estacionado observou um réptil conhecido da região do cerrado: o Tiú.
Totalmente fora de seu ambiente natural, o animal estava um pouco assustado e assustando quem passava pelo local. O internauta conta voltava de uma agência bancária quando encontrou o “lagarto”. O animal era bem grande e despertou a curiosidade de muita gente.
Conforme informações do leitor, o “Tiú” foi resgatado por uma equipe da Polícia Militar Ambiental, após um tempo.
A cena não é comum, mas demonstra o quanto a urbanização de alguns lugares pode prejudicar certas espécies, que cada vez mais, fazem essas visitas inusitadas aos grandes centros urbanos, muitas vezes procurando alimentos.
Sobre o Tiú
O teiú (Tupinambis teguixin, Tupinambis merianae ou Salvator merianae), também chamado teiú-branco, ou ainda tiú, teiuaçu, tejuguaçu, teju, tejo, teiú-açu, tiju, tejuaçu ou teiú-brasileiro, é um réptil da família dosTeídeos (comumente chamados teiús, tejus ou tegus). Trata-se do maior e mais comum lagarto no Brasil, sendo encontrado desde o sul da Amazônia até o norte da Argentina. Habita regiões de cerrado, mas pode ser observado também em regiões mais úmidas como florestas, bordas de matas-de-galeria e dentro de matas mais abertas, inclusive em regiões de clima temperado como é o caso dos teiús argentinos.
O animal, quando encontrado no seu habitat natural, é conhecido sobretudo por sua agressividade e voracidade. Se atacado, primeiro tentará fugir, mas, se impedido, desferirá golpes violentos com a cauda.
Outro mecanismo de defesa é a mandíbula: a mordida de um teiú adulto é tão poderosa que pode esmagar dedos humanos. Os teiús nascidos em cativeiro, no entanto, costumam ser dóceis.
Onívoro, estes lagartos forrageiam uma ampla gama de alimentos, utilizando a língua bifurcada. Na sua dieta incluem-se pequenos mamíferos, pássaros e seus ovos, répteis, anfíbios, insetos, vários artrópodes, carniça, vermes e crustáceos. Também se alimenta de frutas suculentas, folhas e flores. No interior do país é famoso por assaltar galinheiros para atacar ovos e pintinhos.
Embora sejam lagartos terrestres, são capazes de escalar pequenas árvores e rochas. E também são exímios nadadores, capazes de permanecer submersos por até 22 minutos. A espécie também apresenta dimorfismo sexual com os machos maiores que as fêmeas e exibindo “papadas” mais proeminentes.
A teiú fêmea constrói tocas para colocar seus ovos ou se aproveita de cupinzeiros. Põe, em média 12 a 35 ovos, que serão protegidos até que choquem. O período de incubação é de 90 dias. Os filhotes são esverdeados, uma coloração que vai cede à medida que amadurecem.
Os teiús estão entre os répteis mais explorados comercialmente no mundo. A espécie é muito caçada por suas peles e em grau menor para abastecer o comércio de animais comercial. Também são caçados para consumo humano em regiões da Argentina , Paraguai e Bolívia. No Brasil, este lagarto é criado em cativeiro e comercializado com aval do IBAMA.
De acordo com a Lista Vermelha da IUCN, o T. teguixin é listado como Pouco Preocupante. Isto porque a espécie tem uma ampla distribuição na sua área de ocorrência; é capaz de se adaptar a vários habitats, e porque não há dados que demonstrem que sua grande população esteja sofrendo um significativo declínio que justifica uma classificação em uma categoria mais ameaçada.
(Informações retiradas do oeco.org.br)
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