23/02/2015 – Atualizado em 23/02/2015
Com salário aproximado de R$ 6 mil pagos pela Sejuvel de Três Lagoas, o ex-funcionário do senador Delcídio do Amaral (PT), Nelson Batista Gonzales, declara residir na Capital do Estado em rede social.
Por: Érika Moreira
Em meio a mais de 400 demissões executadas pela Prefeitura Municipal de Três Lagoas (MS), a equipe de reportagem da Rádio Caçula apurou que Nelson Batista Gonzales, lotado na Secretaria Municipal de Esportes, Juventude e Lazer (Sejuvel), com o cargo de gerente especial de política pública, cujo salário gira em torno de R$ 6 mil (R$ 4.900 mais gratificações), afirma residir em Campo Grande/MS em uma rede social. O fato também foi informado por fontes extra-oficiais que preferiram não se identificar.
Além do salário e do cargo informado pela Assessoria de Comunicações da Prefeitura, o órgão afirma que a Sejuvel alega que Gonzales ocupa emprego público o qual não exige sua presença constante no Município. Nossa equipe tentou, nesta segunda-feira (23), entrar em contato com o servidor na Secretaria, mas fomos informados que o mesmo ainda não havia chegado.
A contratação de Gonzales aconteceu logo após a prefeita, Márcia Moura (PMDB), ser eleita no segundo mandato – 2013. Anteriormente, Nelson Gonzales era funcionário do senador Delcídio do Amaral (PT), conforme o mesmo declara na rede social.
Durante a Campanha para prefeito em 2012, Delcídio enviou sua equipe para integrar o pessoal que iria conduzir a campanha de Ângelo Guerreiro (então PSD). Entre eles estava Nelson, popularmente conhecido como Nelsinho. Entretanto, após acordos com a cúpula do PMDB, Delcício rachou o Partido dos Trabalhadores (PT) em Três Lagoas, quando decidiu apoiar, Márcia Moura, atual prefeita.
ATMOSFERA
Apesar da denúncia de um possível emprego público ocupado por servidor “fantasma” na Sejuvel, a Prefeitura de Três Lagoas é alvo de inúmeras dificuldades em cumprir compromissos básicos como fornecimento de merenda aos alunos, disponibilizar transporte escolar aos estudantes da zona rural, garantir estoque de medicamentos nas farmácias da Rede Pública.
E, por fim, promover a demissão cerca de 400 funcionários em diversos setores da Administração Municipal. Alguns desses em setores já com grande carência de mão de obra, como o da Saúde, e provocando um verdadeiro colapso no atendimento à população.