02/03/2015 – Atualizado em 02/03/2015
Ação judicial está sendo preparada, segundo governador
Por: Midia Max
A dívida na praça deixada pelos responsáveis pela obra da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), da ordem de R$ 20 milhões, será cobrada na Justiça. A confirmação foi feita nesta segunda-feira (2) pelo governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).
O projeto estava sendo executado em Três Lagoas, município 330 quilômetros a leste de Campo Grande. Em dezembro do ano passado, a Petrobras informou ter rompido o contrato com o consórcio da obra, formado pela Galvão Engenharia e Sinopec.
Na ocasião, o motivo apontado pela estatal foi justamente o não pagamento, por parte das contratadas, de valores a fornecedores e colaboradores. Em Três Lagoas, principalmente o comércio sente os impactos do calote.
Já na sexta-feira (27), o governador esteve reunido com representantes dos setores afetados no município. Disse que, em parceria, o governo, empresários, MPE (Ministério Público Estadual) e Associação Comercial de Três Lagoas estão “desenhando uma minuta”, documento que deve, ainda segundo ele, embasar a ação judicial.
Reinaldo também comentou, em agenda pública nesta manhã, que espera da Petrobras um cronograma de retomada e conclusão da obra. Em dezembro, quando anunciou a quebra do contrato, a Petrobras informou que 82% do projeto estava pronto.
A obra é avaliada em R$ 4 bilhões, enquanto somente a dívida trabalhista deixada estaria na casa dos R$ 11 milhões, afetando mais de três mil operários. Quando pronta, a UFN3 deverá produzir anualmente 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia.