30/01/2015 – Atualizado em 30/01/2015
Por: Com informações do Monitor Digital
Sem mencionar valores, nem percentuais, o diretor-presidente da Fibria, Marcelo Castelli, confirmou a implementação de aumentos de preços de celulose desde o dia 1 de janeiro deste ano.
“Implementamos aumento de preços em 1 de janeiro de 2015, que foi seguido por demais produtores da indústria”, afirmou Castelli, em teleconferência com analistas e investidores.
Segundo Henri Philippe van Keer, diretor comercial e de logística internacional, esses aumentos, contudo, não estariam ainda totalmente implementados, ainda em curso ao longo de janeiro em alguns mercados.
Três Lagoas II
A decisão sobre o projeto de expansão da unidade industrial da Fibria em Três Lagoas, chamado de Três Lagoas II, deve sair até o final do primeiro trimestre deste ano, segundo Marcelo Castelli.
“Ao longo do primeiro trimestre há discussões. Os debates sobre o projetado já começaram, seja nos comitês que suportam o conselho ou no âmbito do conselho de administração em si. Um decisão deve ser tomada até o final do primeiro trimestre de 2015”, afirmou Castelli.
O projeto de expansão permitirá que a unidade de Três Lagoas, localizada no Mato Grosso do Sul, passe de uma capacidade de produção anual de 1,5 milhão de toneladas de celulose para 2,8 milhões de toneladas anuais.
Ainda de acordo com o executivo, a avaliação dos fundamentos do mercado externo continua positiva, com demanda e estoques em posição favorável principalmente na China, que permanece “apoiando” a companhia em relação ao consumo de celulose.
“O resultado financeiro da companhia confirma que o aumento nos preços da celulose foi implementado em todos os lugares que podia ter sido. Temos uma visão positiva para evolução do preço da celulose”, disse o executivo.
A empresa também avalia que o ano de 2014 apresentou resultados melhores do que a expectativa e que as medidas de afrouxamento quantitativo adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) na Zona do Euro trazem boas perspectivas para a empresa.
A Fibria reportou prejuízo líquido de R$ 128 milhões no quarto trimestre. No mesmo período de 2013, a empresa tivera prejuízo líquido de R$ 185 milhões. A valorização do dólar contra o real no trimestre contribuiu para que o preço médio líquido em reais da celulose vendida subisse 12%.
