25/11/2014 – Atualizado em 25/11/2014
Por: Midiamax
Uma família está acusando o Hospital Regional da Capital de erro médico na hora de fazer o parto de uma criança. Segundo a família, em virtude da demora para iniciar a cesariana, faltou oxigênio no cérebro do bebê, deixando-o em estado vegetativo.
Agora, os parentes do pequeno Asafe Cavalcanti, que ficou cerca de duas semanas na UTI, querem que a justiça seja feita e os responsáveis, pelo possível erro, punidos. O bebê já foi transferido para um quarto do mesmo hospital, todavia, só come com sonda e não demonstra nenhuma reação motora, nem mesmo o choro.
O caso
De acordo com a mãe, Vanessa Cavalcanti de Oliveira, no dia 20 de outubro deste ano, seu médico de confiança a examinou horas antes do parto e concluiu que a criança estava transversa na barriga e, por isso, o parto deveria ser por cesariana.
“Quando cheguei ao Regional, por volta das 14 horas, a médica que me recebeu fez o exame de toque, contrariou o outro médico e me disse que o parto seria normal. Às 21 horas eu não aguentava mais de dor e pedi para meu marido chamar a médica. Ela voltou e estourou a bolsa com a mão e ficou na dúvida, pois chamou outro médico para fazer o mesmo exame recém- feito”, explica.
Depois disso, Vanessa diz que os médicos sumiram e só foram aparecer por volta da meia-noite. “Me deixaram lá com a bolsa estourada agonizando de dor”, diz.
Quando retornaram, Vanessa disse que os médicos fizeram, novamente, o exame de toque e arregalaram os olhos. “Depois disso virou uma correria com médicos e enfermeiros. Por fim, realizaram um parto de emergência por cesariana”, ressalta.
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Erros Médicos, Valdemar Morais de Souza, diz que o bebê ficou sem oxigênio e teve um sério problema neurológico.
“Além da falta de oxigênio, a criança nasceu com parada respiratória e cardíaca. Os médicos conseguiram reanimá-la, mas está com sequelas, pois não se mexe, não consegue engolir, só come por sonda, além de nunca ter chorado”, frisa Valdemar.
A avó da criança, Maria José Leite Cavalcanti, lembra que a gravidez de sua filha foi saudável. “Meu neto estava sadio, os exames mostravam que era forte. Agora espero que a justiça seja feita”, esbraveja.
Por fim, Maria José diz que a alegria que sempre rondou a família se foi. “Hoje nós vivemos na escuridão. Isso foi uma tragédia em nossas vidas”, conclui.
Versão do Hospital Regional
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax procurou a administração do Hospital Regional para que o caso fosse comentado. Contudo, eles não quiseram comentar sobre o possível erro médico e encaminharam a demanda para a SES (Secretaria Estadual de Saúde).
Por sua vez, a SES não se pronunciou sobre o caso até o fechamento deste texto.