24.7 C
Três Lagoas
sábado, 27 de abril, 2024

Estado tem redução na despesa com pessoal, mas eleva gastos com inativos

Em um ano, o Estado destinou R$ 1,172 bi a pagamentos de servidores

28/11/2018 09h51
Por: Deyvid Santos

Gastos do Estado de Mato Grosso do Sul com servidores ativos tiveram redução, em média, de 0,36% entre setembro de 2017 e agosto deste ano, em comparação com os 12 meses anteriores, enquanto para inativos houve crescimento de 5,6% nas despesas no mesmo período. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e apontam ainda que as despesas totais do Estado com pessoal fecharam em R$ 1,172 bilhão em agosto de 2018, sendo R$ 675 milhões com funcionários ativos e R$ 497 milhões com inativos.

Ainda conforme os números da seção de Finanças Públicas Estaduais da Carta de Conjuntura, divulgada na segunda-feira, pelo Ipea, o Estado ficou entre as 20 unidades da federação que apresentaram queda no número de servidores estatutários ativos entre os anos de 2014 e 2017. Já para os inativos, a situação foi inversa: todos os 24 Estados com dados disponíveis analisados apresentaram taxa de crescimento positiva.

No mesmo período, o número de servidores ativos nos estados encolheu 1,6%, enquanto o de inativos cresceu 5,6%. Em outras palavras, a contratação de novos servidores estatutários caiu em quase todas as UFs e o montante de inativos só cresceu.

GASTOS

Os gastos com servidores ativos nas Unidades da Federação (UFs) aumentaram, em média, 0,8% no período analisado; para inativos, no mesmo período, a variação média foi de 8%. “O esforço de contenção dos gastos com servidores ativos não foi suficiente para compensar o rápido crescimento dos gastos com pessoal inativo”, explica Cláudio Hamilton dos Santos, pesquisador do Ipea e um dos autores do estudo.

De acordo com a análise do Ipea, as despesas com pessoal inativo seguiram crescendo rapidamente na maioria dos estados em 2017, a despeito do desempenho sofrível da receita nos últimos anos. Nesse contexto de recessão econômica e crise nas finanças públicas estaduais, uma série de medidas foi adotada – repactuaram-se as condições de financiamento da dívida estadual com o governo federal, os governos estaduais puderam utilizar até 70% dos recursos depositados em juízo em ações que envolviam a UF, negociou-se desconto nas prestações referentes ao refinanciamento da dívida com o governo federal.

Adicionalmente, várias unidades da federação elevaram alíquotas do ICMS, do imposto sobre produtos industrializados (IPI), do ITBI (imposto sobre herança) e da contribuição previdenciária devida pelo funcionalismo público (que, na prática, leva a uma redução do gasto com pessoal).

“A recuperação gradual da atividade econômica, assim como as ações dos governos estaduais no sentido de aumentar a receita, levaram à elevação da receita corrente líquida”, destaca o Ipea. Esses esforços, contudo, não foram suficientes para essa receita recuperar o patamar alcançado em 2014 [quando atingiu o pico]”. Nos últimos doze meses finalizados em abril de 2018, segundo o estudo, a receita ainda era bastante inferior ao patamar verificado em 2013.

RECEITAS

Embora tenha sido acentuada na média, a queda da receita corrente líquida foi bastante heterogênea e diferenciada, por estado, de acordo com a participação das transferências federais, o peso dos royalties do petróleo e a estrutura produtiva, em decorrência de seus efeitos sobre o ICMS.

radioCacula/interna/m_middle_336x280_3

No caso de Mato Grosso do Sul, a RCL teve variação real de 7,6% entre 2014 e 2018. Conforme análise do Ipea, a elevação da RCL pode ser atribuída em grande parte ao aumento da receita proveniente do ICMS, como resultado da combinação da retomada, ainda que lenta, da economia, com a majoração de alíquotas do tributo, estratégia também adotada por uma ampla gama de unidades da federação desde 2015. No comparativo entre os estados, MS teve crescimento de 11,63% na arrecadação do tributo, representando a quarta maior variação entre as unidades da federação analisadas.

O “espaço fiscal” conseguido pelos estados até agosto de 2018, da ordem de R$ 11,5 bilhões de aumento de receita primária, foi, entretanto, consumido majoritariamente por gastos com pessoal, encargos sociais e demais despesas, exceto investimento. A elevação de R$ 1,6 bilhão do investimento representou, em termos absolutos, somente 11,5% do aumento total da despesa primária entre 2017 e 2018. “Os investimentos cresceram em termos relativos, mas, em termos absolutos, a variação foi pouco expressiva”, destaca a pesquisadora do Ipea e coautora do estudo, Mônica Mora.

Informações do site Correio do Estado

Gastos com funcionários inativos tiveram aumento - Foto: Arquivo / Correio do Estado

Deu na Rádio Caçula? Fique sabendo na hora!
Siga nos no Google Notícias (clique aqui).
Quer falar com a gente? Estamos no Whatsapp (clique aqui) também.

Veja também

“Até dezembro, todas as respostas vão estar respondidas”, diz Ministra do Planejamento sobre UFN3

Simone Tebet, junto do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, acompanhados do presidente da PETROBRAS, Jean Paul Prates realizaram uma visita técnica à unidade durante a manhã desta sexta-feira (26).

Estado de Mato Grosso irá implantar celas com ar-condicionado e separadas para presos trabalhar

O governador Mauro Mendes (União Brasil) defendeu nesta quinta-feira (25) a proposta de instalar ar-condicionado nas penitenciárias para incentivar que as pessoas encarceradas trabalhem....

Daynler Leonel assume como adjunto na Secretaria de Estado da Casa Civil nesta sexta

Daynler Martins Leonel foi nomeado como adjunto na Secretaria de Estado da Casa Civil, a nomeação foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira. Daynler...