03/03/2015 – Atualizado em 03/03/2015
Vereadores querem detalhes dos contratos e vão obrigar secretário a ir à Câmara
Por: Midia Max
O secretário de Obras, Valtemir de Brito, não agradou os vereadores ao levar à Câmara um CD contendo mais de 20 mil páginas de contratos para serviço de tapa-buraco de 2010 a 2015 em Campo Grande. O secretário esteve na Câmara na quinta-feira (26) para levar os documentos, mas não fez nenhuma explicação do conteúdo.
“Queremos detalhes de todos os contratos. Vou convocar ele pela Comissão de Obras. Não adianta só entregar 20 mil folhas lá e pensar: enquanto eles lêem lá a gente fica livre deles. Vai ter que explicar os contratos”, reclamou o vereador Carlão (PSB).
O vereador ressalta que o secretário vai ter que perder tempo junto com os vereadores, analisando todos os contratos se não quiser enfrentar uma CPI. “Vai ter que vir explicar. Caso contrário, já tem oito assinaturas para a CPI e a minha será a nona. Rapidinho a gente chega a dez e abre a CPI”, ameaçou. Segundo o secretário, atualmente há 34 contratos entre empreiteiras e a Prefeitura de Campo Grande, para operação do serviço de tapa-buraco que, juntos, somam R$ 91.426.124.
A polêmica com tapa-buraco começou depois de um vídeo onde, supostamente, a empresa tapava buraco fantasma em Campo Grande. Desde este primeiro vídeo, que surgiu em meados de janeiro, vários outros surgiram, inclusive de gravações anteriores a esta ocasião, mostrando o mesmo tipo de problema. Em um deles, inclusive, funcionários de uma empreiteira aplicam material em uma rua debaixo de chuva, procedimento considerado ineficaz.
Durante a visita à Câmara, na semana passada, o secretário, obviamente, disse não ver necessidade de abertura de CPI para investigar o assunto. Ele alegou que na documentação apresentada havia todas as informações referentes a valores gastos pelo Município com tapa-buracos.