No museu, que foi residência da Família Real entre os anos de 1816 e 1821, haviam mais de 20 milhões de itens, alguns deles com milhares de anos.
03/09/2018 08h26
Por: Laís Eger Penha
Um incêndio na noite de domingo (02) destruiu um dos maiores patrimônios históricos do Brasil: O Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro (RJ). O local, que completou 200 anos em junho deste ano, foi totalmente consumido pelo fogo.
O incêndio começou por volta das 19h30 e só foi controlado por volta das 2h de hoje (03). Por conter grande quantidade de material inflamável, o fogo se alastrou rapidamente por todo o edifício.
No museu, que foi residência da Família Real entre os anos de 1816 e 1821, haviam mais de 20 milhões de itens, alguns deles com milhares de anos. O museu foi criado por D. João VI em 1818.
Foi no palácio que abrigava o museu que, em 1822, a princesa Leopoldina assinou a declaração de independência do Brasil. O local também foi palco da primeira Assembleia Constituinte da República, que marcou o fim do império no país.
O acervo que existia no local foi formado ao longo de dois séculos, e dele faziam parte peças importantes da história, como por exemplo:
- O Bendegó, maior meteorito já encontrado no Brasil, com mais de 5 toneladas e encontrado no século 18;
- O fóssil humano mais antigo já encontrado no país, batizada de “Luzia”;
- A primeira coleção de múmias egípcias da América Latina;
- Móveis da antiga residência real;
- O esqueleto de uma baleia jubarte e o Maxakalisaurus topai, o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil.
Além desses, o museu continha diversas coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia.
As causas do incêndio ainda são desconhecidas. O local ainda possui focos de incêndio e, ao fim do trabalho do Corpo de Bombeiros, uma perícia será realizada no local para identificar o motivo do início do fogo.