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Aluna da PUC-Rio cria cílios que controlam objetos ao piscar

Geral – 17/04/2013 – 13:04

Na premiação, Katia se vestiu de super-herói para

fazer a demonstração (Foto: Divulgação)

Uma aluna de doutorado da PUC-Rio recebeu um prêmio internacional por ter criado cílios que controlam objetos ao piscar. A peruana Katia Vega, de 29 anos, usou a tecnologia conhecida como “wearable computers” (computação vestível, em português). Ao piscar o olho direito com os cílios, um objeto levitava. Ao piscar o esquerdo, imagens de um projetor eram trocadas.

Katia, que mora no Rio de Janeiro desde 2008, metalizou os cílios postiços com prata e outros elementos químicos para que eles parecessem pretos e naturais. Com o controle remoto de um pequeno orbitador escondido no bolso, Katia podia ativá-lo apenas ao piscar os olhos. Os cílios continham um rádio que enviava o comando ao controle, que recebia a informação e ligava tanto o objeto quanto o projetor.

“[Os cílios] tinham um rádio que enviava sinais digitais a cada piscada para outro rádio: o controle remoto escondido no bolso. No final, decodifiquei os sinais infravermelhos enviados para o objeto e, assim, cada vez que piscava o olho, enviava um sinal ao controle remoto que ligava o objeto ou trocava imagens no projetor”, explicou Katia, que recebeu 1 mil euros pelo prêmio TEI Design Challenge, realizado em fevereiro, em Barcelona.

Na premiação, os participantes foram desafiados a desenvolver um jogo ou realizar uma performance que unisse tecnologia, interatividade e design. Katia ganhou na categoria “Super-heróis”. Para desenvolver o projeto, ela usou a teoria de “Feedback Loops”, mecanismo no qual a informação repetida se transforma em ação.

Peruana Katia Veja, de 29 anos, na premiação

em Barcelona (Foto: Divulgação)

Em um estudo que fez em Hong Kong, onde complementou seu doutorado da PUC-Rio, ela viu a possibilidade de usar o piscar não apenas como o movimento natural dos olhos, mas também como a criação de comandos ou como uma ferramenta para analisar enfermidades físicas e psicológicas.

Com o seu orientador na PUC-Rio, Hugo Fuks, ela está pesquisando como as pessoas podem mudar de comportamento ao usar “computação vestível”. “São informações que estão no nosso corpo e não percebemos. Com a tecnologia, podemos usá-las como sensores para estar mais conscientes de nosso ambiente e como atuadores no mundo”, explicou Katia ao G1. “Carregamos muitas coisas, como maquiagens, que poderão ter sensores embutidos e atuadores para interagir com o mundo ao estar conectados a micro controladores. No fundo, vamos capacitar a maquiagem a interagir com as coisas”, acrescentou Fuks.

Beleza tecnológica

Katia e seu orientador estão desenvolvendo há quatro anos o uso da “computação vestível” na área da beleza. Chamado “Beauty Technology”, o projeto tem o objetivo de investigar protótipos cosméticos, como maquiagem, cílios e unhas, que, por meio de componentes eletrônicos, permitem que os usuários interajam com os objetos do ambiente.

Unhas postiças criadas por Katia tocam piano

sem encostar em nada (Foto: Reprodução)

“É [uma área] onde a tecnologia está escondida em diferentes produtos ou acessórios de beleza, que não são visíveis, mas podem entender e atuar sobre o mundo”, explica. “O computador nos tira a atenção, e isso desumaniza. Cada vez mais vamos parar de interagir com o computador e vamos interagir com as coisas, que terão micro controladores”, acrescentou Fuks.

“Katia está olhando para as possibilidades de maquiagem e embelezamento que podem embutir componente eletrônicos”, disse o professor. A estudante acredita que a área de tecnologia ainda é muito dominada pelos homens não apenas nas pesquisas, mas também como usuários. “Esperamos que com o Beauty Technology isso mude um pouco”.

Conforme a assessoria da PUC-Rio, algumas empresas já demonstraram interesse no projeto. Katia acredita que esse tipo de tecnologia será usada no futuro. “A nossa proposta é ter tecnologia em produtos de beleza onde os usuários não só ressaltem as suas pessoalidades, mas também possam ter controle e entendam o mundo. Ainda existem alguns pontos a serem discutidos como privacidade, tamanho dos componentes eletrônicos e durabilidade. Mas acredito que o uso de computação vestível no dia a dia não está longe da realidade”, opina a estudante.

Fonte: G1

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