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Três Lagoas
sexta-feira, 19 de abril, 2024

UPA de Três Lagoas há muito tempo não se propõe para o fim que foi criado

03/05/2015 – Atualizado em 03/05/2015

Duas mortes em menos de sete dias

O caos se instala de vez na saúde municipal da cidade propalada pela Prefeitura Municipal como “A cidade da infraestrutura moderna e da qualidade de vida”

Por: Redação

O serviço de saúde do município de Três Lagoas (MS) já há algum tempo vem dando sinais que a falta do cumprimento do papel que a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) presta para a população local não é eficaz apesar da “fadiga” que o sistema acentua a cada dia que passa e que nos últimos trinta dias têm penalizado de sobremaneira os usuários, que sofrem com as consequências de uma falta de organização que começa desde a interna, do cumprimento dos propósitos básicos do serviços que uma UPA tem que exercer, até à falta de administração geral da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeita Márcia Moura.

Leiam acima e comparem o quadro da diferença entre UPA e UBS.

SECRETÁRIOS E CHEFES DE SERVIÇO NÃO SÃO ENCONTRADOS

O staff municipal considerado de primeira linha e da maior confiança da Prefeita Márcia Moura como Secretários Municipais, detentores dos diversos cargos de confiança, Assessoria de Gabinete e até a Assessoria de Imprensa que normalmente “fica para apagar a luz” não emitiu nenhuma nota oficial até o presente momento desses acontecimentos agravados ou os procedimentos de emergência para tal, sumindo já na véspera (30.04) do inicio desse feriado prolongado.

O cenário que episódios com óbito era propício para acontecer fixou-se no dia 25.04.2015 com a morte de um bebê de 08 meses e ainda sem uma nota de esclarecimento oficial.

 GREVE ANUNCIADA

O Sistema de Saúde Municipal, já havia sido advertido pelo Sindicato da classe que poderia haver uma paralisação dos enfermeiros a partir desse ultimo dia 01 de maio, mas pelo que tudo indica, optou em não considerar os riscos que correria, mesmo com os inúmeros acontecimentos anteriores que tomam conta do histórico daquele local, sendo desde a falta de material, faltas de médicos nos plantões, equipamentos quebrados (como o Raios-X), demora no atendimento diário e tantos outros que terminam na falta de um simples remédio para dor de cabeça, enxaqueca, diarreia ou de uma linha cirúrgica para ser usada na sutura de um pequeno ferimento.

SEGUNDA MORTE

A situação chegou a um ponto de intolerância que na ultima sexta-feira (30.04) o jovem pai de família, de 27 anos de idade, Fernando Pinheiro da Silva fez uma consulta na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) por estar sentindo dores no corpo e febre alta, foi examinado e reencaminhado para a sua residência com uma receita médica indicando o uso de um reidratante à base cloreto de sódio, cloreto de potássio, citrato de sódio e glicose.

QUADRO SE AGRAVOU NA MADRUGADA DE SEXTA-FEIRA

Ha menos de 24 h do atendimento no UPA o jovem na madrugada do dia 01 de maio foi levado pela sua esposa, em veículo próprio, após o agravamento do estado de saúde de Pinheiro, que já apresentava sangue nas suas fezes.

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Na UPA foi informada que deveria ser levado para o Hospital Auxiliadora para atendimento de urgência, já que os enfermeiros estavam em greve. Pinheiro chegou no Hospital com os seus sinais vitais comprometidos falecendo minutos após.

Segundo a sua esposa as suas ultimas palavras foram ditas ainda dentro do carro, quando chamou “Deus me acuda”.

MUNICIPIO PAGA DUAS VEZES PELO MESMO SERVIÇO

Uma pesquisa interna com os dados estatísticos dos atendimentos realizados pelo Hospital, dão conta que a UPA atualmente encaminha 90% dos seus pacientes apesar de contar no seu quadro com cinco (05) plantonistas por 24 h.

Esse fato encarece a Saúde Municipal porque paga em dobro os honorários, os exames que foram que foram feitos e somados com a equipe daquele local (Hospital Auxiliadora), chega-se a um pagamento mensal da manutenção do sistema UPA em Três Lagoas de R$ 1.150.000,00 (um milhão, cento e cinquenta mil reais) mais às novas despesas para o mesmo atendimento de procedimento no Hospital Auxiliadora, perfazendo um gasto em conjunto de mais de R$ 3.6000.000,00 mensais.

Foto ilustrativa

UPA sala de atendimento no dia 01.05.2015

Fernando Pinheiro da Silva

Atendimentos em único dia que o Hospital Auxiliadora realiza em pacientes enviados pela UPA

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