06/05/2015 – Atualizado em 06/05/2015
Por: Ana Carolina Kozara
O presidente da S.E.T.A. (Sindicato dos Enfermeiros Técnicos e Auxiliares) JoÃo Carvalho falou à Rádio Caçula na manhã desta quarta-feira (6) a fim de esclarecer a população a respeito da greve dos enfermeiros em Três Lagoas (MS).
Segundo João, o movimento foi sugerido e colocado em prática pelos próprios servidores e em assembleia ocorrida na ultima quinta-feira (30) ficou acordado que o sindicato não organizaria esta manifestação.
A S.E.T.A. disse que quando enviou a notificação à administração municipal o intuito era de iniciar uma negociação entre as partes, o que não ocorreu. Na ocasião havia mais de 60 dias que o sindicato havia protocolado a sinalização de greve.
O sindicato se posicionou diante da paralisação e desde segunda-feira (4) voltou a se comunicar com a prefeita através de um oficio informando que o sindicato estava de portas abertas para retomar a negociação.
REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO
Na tarde desta terça-feira (5) durante a tribuna, o vereador Tonhão sinalizou que no dia 29 de abril uma reunião não oficial com o sindicato foi agendada, mas que os representantes não compareceram.
O senhor João Carvalho alegou que o sindicato é uma ordem que tem por objetivo garantir que os direitos dos trabalhadores sejam prevalecidos e que por este motivo realiza todo o tipo de relacionamento de maneira formal, por escrito e oficializada e que isto é feito para que todas as manobras estejam registradas e disponíveis para qualquer pessoa que tenha interesse.
Partindo da conduta adotada, nenhuma notificação foi encaminhada ao sindicato.
MANIFESTAÇÕES DOS ENFERMEIROS
O Presidente João Carvalho relembra as manifestações realizadas pelos enfermeiros nos dias 20 e 21 onde os enfermeiros trocaram a vestimenta padrão branca e usaram pretos como uma reivindicação em sinal de luto ao desrespeito com a saúde pública.
No dia 20 o senhor Alex, representando a administração municipal e a secretaria de saúde, procurou o senhor João Carvalho para informar que a manifestação que estava acontecendo no UPA era passível de retaliação.
Na ocasião uma reunião extraoficial foi realizada com o RH da prefeitura, e sem nenhuma ata formal ficou firmado verbalmente que uma nova reunião seria agendada.
Desde o inicio das manifestações, nenhum contato foi estabelecido entre prefeitura e sindicato, o senhor João alega que tivemos prejuízos na comunicação por conta do feriado, mas que acredita que nesta semana terão êxito nas negociações.
Nesta segunda-feira (4) um memorando foi encaminhado a administração municipal, confirmando a rejeição da proposta feita a categoria e como o sindicato não recebeu nenhuma sinalização em relação ao documento enviado, ontem (5) um outro oficio foi encaminhado.
O documento dizia que a partir desta semana o sindicato dos enfermeiros estaria assumindo a negociação e movimento. Após este comunicado, uma reunião foi marcada para a tarde desta quarta-feira (6) e acreditam que foi dado o inicio de um diálogo entre as partes para que um acordo seja firmado.
AS REIVINDICAÇÕES
A proposta é buscar uma equalização salarial para os funcionários. Pois existe uma diversificação no pagamento de acordo com a categoria que estes ocupam e na visão do sindicato, todos exercem a mesma função por isso merecem ter salários semelhantes.
O que se quer não é impor uma decisão e sim que se faça um estudo e se chega a uma decisão de um melhor salário.
O segundo proposta é de um aumento de 18% para estar discutindo sobre isso já que no ano passado houve uma lei que elevou o salário destas categorias e tem outras que há 4 anos não tem a mesma elevação de salário.
EM BUSCA DE UM ACORDO
Durante a reunião que acontece na tarde de hoje (6) o sindicato espera chegar a um acordo para evitar quaisquer outras situações posteriores, lembrando que a população reclama da saúde deficitária, mas vale lembrar que quem faz esta deficiência na saúde são os próprios gestores e os servidores não estão pedindo nada mais do que é seu direito.
Outro ponto que vale ressaltar são as condições de trabalho oferecidas aos profissionais da saúde, pois quando o paciente se dirigem à unidades de saúde vão em busca de auxilio e os enfermeiros precisão ter condições e materiais adequados para atender à população.
Em relação à ilegalidade da greve, o presidente do sindicato afirma que só tem conhecimento desta informação por conta das noticias divulgadas na imprensa e que em momento algum o sindicato foi comunicado a respeito e afirma que assim que forem comunicados entraram com recurso para se defenderem.
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