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quinta-feira, 25 de abril, 2024

Ex-Conselheira diz: A população com conhecimentos é uma população com direitos

28/08/2015 – Atualizado em 28/08/2015

Por: Redação

Toninha Campos recebeu em seu Programa na Rádio Caçula na data de hoje (28), Sonia Aparecida de Camargo, ex-conselheira municipal de saúde em Três Lagoas (MS) entre 2009 e 2013, para falar sobre a falta de saúde na rede pública do município.

Sonia iniciou afirmando que a saúde como politica publica é de vital importância, pois sem saúde a pessoa não consegue trabalhar, cuidar de si e contribuir com a sociedade e, destacou projeto de governo que a prefeita Márcia Moura registrou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas últimas eleições, sendo que, nas metas de governo ela garantiu que não faltariam remédios nos postos de saúde, e o que mais falta hoje é remédio para a população. Outro ponto não cumprido é que os gastos com remédios seriam aumentados conforme o crescimento da população, mas a cidade está crescendo e os gastos estão diminuindo.

Sonia destacou que no projeto de Márcia Moura, ela garantiu que haveria medicamentos disponíveis aos habitantes de menor poder aquisitivo, o que fere a Constituição Brasileira, que garante remédios para todos, indistintamente da classe social.

Segundo Sonia, a população não pode simplesmente aceitar a explicação da prefeita de que falta saúde pública devido a falta de recursos financeiros, pois a cidade não está em crise, dinheiro existe, o povo tem que saber onde está sendo aplicado, é direito da população ter acesso a essa informação.

Para Sonia falta planejamento da secretaria municipal de saúde, no sentido de rever a lista de medicamentos básicos, para que não atrapalhem o tratamento, a prevenção, a promoção e a continuidade da saúde da população. Falta atenção da administração pública para que o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e o Hospital Auxiliadora não sejam “sufocados” por atendimentos mais simples que poderiam ser realizados nos posto de saúde dos bairros.

Sobre o fechamento das farmácias nos postos de saúde, Sonia disse que o fechamento das farmácias foi uma penalização da prefeitura municipal àquelas pessoas que realmente precisam, ou seja, pessoas idosas, acamadas que não podem se locomover, pois o município também não disponibiliza serviço adequado de mobilidade urbana, e a falta de farmácia nos postos de saúde dos bairros obriga as pessoas deixarem de tomar os medicamentos ou sacrificarem seus rendimentos para comprar aquilo que deveria estar à disposição de todos. “Quando as farmácias foram fechadas, organizamos e coletamos 1600 assinaturas de moradores de Três Lagoas em um abaixo assinado entregue na Promotoria Pública pedindo o não fechamento”, ressaltou Sonia..

Sonia ressalta que a população precisa conhecer seus direitos, pois quem não conhece seus direitos não sabe a força que possui, é necessário organizar o orçamento participativo para que a população possa apontar suas reais necessidades. As pessoas precisam participar mais ativamente das decisões, pois somente em Três Lagoas existem 26 conselhos, criados para arrecadar verbas da união no sentido de incentivar políticas públicas.

Conforme Sonia, tem tanta irregularidade na saúde pública de Três Lagoas, que em cada setor , infelizmente é fácil ver a Constituição ser ignorada e, a desculpa de falta de recursos não pode simplesmente ser aceita pela população, é preciso que o gestor municipal explique detalhadamente onde está sendo aplicado determinada verba, pois as políticas públicas existem para atender a população.

“O legislativo precisa fazer seu papel de fiscalizar as ações do poder executivo, e o povo deve adotar a cultura de cobrar seus direitos e abolir a postura de pedinte dos serviços públicos”, finalizou Sonia.

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