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sexta-feira, 19 de abril, 2024

Manifesto em apoio a Caio Lopes reúne 70 pessoas na lagoa maior e coordenadores dizem que os LGBT’s estão com medo

15/01/2017 – Atualizado em 15/01/2017

Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula

A luta pela vida do cabelereiro Caio Lopes, que foi brutalmente espancado por uma dupla de pessoas em um ataque homofóbico ocorrido na madrugada de terça-feira (10), comoveu toda Três Lagoas e levou mais uma vez os amigos e simpatizantes das causas LGBT (Lêsbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) à lagoa maior, onde protestaram pelo respeito, pedindo mais amor ao ser humano e menos intolerância.

A intolerância sexual é corriqueira em muitas regiões do país, porem de acordo com o coordenador da associação LGBT de Três Lagoas, Edmilson Cardoso da Cruz, nossa cidade sempre foi muito tranquila e casos deste tipo não haviam sido registrados até o ano passado, quando um estudante homossexual foi brutalmente espancado e abandonado em uma rua atrás da UFMS no mês de setembro e agora nesta semana o cabelereiro Caio Lopes lutou para não perder a vida em mais um ataque homofóbico.

Edson também disse que não podemos deixar novos casos acontecerem e conta com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil para identificar e punir os responsáveis, pois só desta é possível coibir que este tipo de crime cresça em Três Lagoas.

O manifesto reuniu cerca de 70 pessoas na orla da lagoa maior neste domingo (15) e de acordo com a coordenadora da associação de Travestis e Transexuais de Três Lagoas, Paula Martinelli, disse a equipe de reportagem da Rádio Caçula que o baixo número de manifestantes é motivado pelo medo que a classe LGBT vive hoje em nossa cidade, que é pequena e a “gangue” que cometeu a atrocidade continua solta e sem ser identificada.

“A maioria dos LGBT estão com medo desta gangue e com medo de serem marcados pelos agressores e enquanto estiverem nas ruas de Três Lagoas serem agredidos ou ameaçados por estes bandidos, mas nós não podemos nos calar, precisamos lutar para que a justiça seja feite” disse Paula martinelli

A secretária de educação Maria Celia disse que aguarda uma comissão de representantes da associação LGBT para que juntos possam traçar ações de desenvolvimento e conscientização nas escolas do município.

A secretária de assistência social Vera Helena, representando o prefeito Angelo Guerreiro disse que a administração atual não irá permitir que este tipo de violência aconteça em Três Lagoas e que junto com as equipes de investigação da polícia querem descobrir quem são os autores do crime para que estes sejam devidamente punidos.

O manifesto pacifico foi acompanhado pela Polícia Militar que garantiu a segurança dos participantes.



https://youtube.com/watch?v=F4pMOHhjoNQ

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