-
Content section component
09/06/2016 – Atualizado em 09/06/2016
Por: Marco Campos
Moradores de diversas regiões do Brasil que vieram a Três Lagoas em busca de trabalho cada dia que passa se decepcionam mais com a falta de oportunidades na cidade apelidada como a “Capital Mundial da Celulose” e a “Cidade das Oportunidades”.
Já se tornou comum nos dias da semana observar filas extensas e tumulto na frente da Casa do Trabalhador (CIAT), situado na Rua Munir Thomé, nº 86 no Centro. Em algumas ocasiões, a Polícia Militar teve que ser chamada para acalmar os ânimos no local, pois comumente, o sistema que disponibiliza as poucas vagas de trabalho sempre está fora do ar.
Não bastando à falta de estrutura do prédio para acomodar os desempregados, uma cena lamentável e desumana foi flagrada na madrugada desta quinta-feira (09) pela equipe de reportagem.
Mesmo com a baixa temperatura da madrugada, vários homens estão dormindo no chão para pegar as primeiras senhas de atendimento e assim, tentarem ao mínimo fazer o cadastro para um futuro emprego. Para uma três-lagoense que estava na fila, a cidade está sendo colocada como o município das oportunidades, o que na verdade não está sendo na atualidade.
“Há 1 ano estou desempregada com meu marido. Temos três filhos e quando viemos aqui, somos tratados desta forma. Temos que vim na madrugada, porque se chegarmos aqui pela manhã, temos que ficar na fila que vira o quarteirão. Quando chegamos na nossa vez, eles dizem que o sistema está fora do ar. Lamentável”, destacou.
Já para um morador de Goiás, a falta de dinheiro fez com que ele não se alimentasse direito nos últimos dias e devido a este fator de não ter condições financeiras para pagar até mesmo uma simples alimentação, com a ajuda de outros desempregados, eles alugaram um “barraco” na cidade.
“Na hora que o dinheiro acabar, tenho que infelizmente voltar pra casa. O duro não é o frio da madrugada e sim, a humilhação dói na alma”, desabafou.
Diante a grave situação destes desempregados, a reportagem estará agendando uma entrevista com a diretora do CIAT, Fátima Montanha, para dar explicações sobre o caso ou até mesmo ver a possibilidade de se fazer uma parceria com a Prefeitura Municipal e conseguir moradias provisórias para estes homens ou colocá-los no albergue municipal.
-
Content section component