30/08/2013 – Atualizado em 30/08/2013
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e Selvíria/MS (SINTED) promove nesta sexta-feira uma paralisação reivindicando melhorias em vários aspectos para seus filiados
Por: Rayani Santa Cruz
Romeu Campos recebeu em seu programa na Rádio Caçula Maria Diogo a Presidente do Sinted e Petronio Filho Assessor de Imprensa do sindicato para explicar melhor sobre esse evento.
A paralisação é de cunho nacional e promovida pelas centrais sindicais de todo o Brasil, Maria Diogo explica que a paralisação acontece somente no dia de hoje e os sindicalistas tentam mostrar a população os verdadeiros motivos, conscientizando sobre as solicitações e lutas dos representantes.
Segundo ela a ação de hoje é uma continuidade da passeata que aconteceu no dia 11 de julho em Campo Grande, considerado um dos maiores movimentos do país, foi organizado pela Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação do Mato Grosso do Sul), MST (Movimento dos sem terra) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), “o movimento sindical está entrando para engrossar o caldo” conclui.
Na paralisação de hoje serão discutidos o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para os trabalhadores celetistas, reforma agrária, demarcação das terras indígenas, e especificamente para os trabalhadores da educação a questão dos royalties para educação, o financiamento público da educação, votação do plano nacional, as aposentadorias, o Sinted juntamente com a Fetems pede o piso de 20 horas trabalhadas num projeto escalonado.
Foi deliberado uma panfletagem no centro da cidade de Três Lagoas, a Fetems indicou que os municípios fizessem o seu movimento independente, Maria Diogo diz “vamos fazer uma passeata saindo do Sinted até o centro a polícia militar fará a segurança em todo o trajeto”.
De acordo com Maria Diogo o Sinted está focado em torno do Projeto de Lei 4330 que prevê a terceirização do setor público e privado e segundo informações do Presidente da Federação Roberto Botareli há uma grande preocupação na aprovação desse projeto.
O projeto
O Projeto de Lei do Deputado Federal Sandro Mabel do PMDB de Goiás tramita desde 2004 no congresso nacional, esse projeto prevê a terceirização do setor privado e está prevendo a terceirização do setor público e das atividades fins, e isso pode intervir não só nos trabalhadores administrativos da educação como também nos professores.
Para Maria Diogo isso é um retrocesso “significa um desmonte de todas as nossas conquistas históricas ao longo dos anos, de vários direitos trabalhistas conquistados e é um desmonte dos sindicatos porque nós ficamos sem ter quem representar” conclui.
Petronio Filho afirma que muitos empresários brasileiros querem copiar os moldes do trabalhador chinês, que em sua maioria são terceirizados “quando você terceiriza é praticamente tirado quase todos os direitos dos trabalhadores, o terceirizado não tem sindicato que o represente, ou seja, fica a mercê do patrão”. Segundo ele muitos empresários querem mão de obra barata e essa situação é um retrocesso para o país que está se modernizando.
