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quinta-feira, 25 de abril, 2024

Sindicalistas vão à Câmara pedir apoio contra Reforma da Previdência

27/03/2017 15h14

Em entrevista no Jornal da Manhã na Rádio Caçula, representantes dos sindicatos também falaram da importância da mobilização da população contra as mudanças na aposentadoria

Por: Silvio Domingos

Representantes de entidades sindicais de Três Lagoas estarão na Câmara Municipal nesta terça-feira (28), à partir das 18h, pedindo o apoio dos vereadores contra a Reforma da Previdência (Projeto de Emenda Constitucional – PEC 287), proposta pelo Governo Federal, Michel Temer.

O anúncio foi feito pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Antônio Carlos Modesto; pela presidente do Sinted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), professora Maria Aparecida Diogo; e também pelo auditor fiscal, Fabrício Venturoli, que é do conselho do Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual) do Mato Grosso do Sul, que participaram nesta segunda-feira (27) do Jornal da Manhã, na Rádio Caçula. Na entrevista, também esteve presente, Luciana Ruenda Soares, diretora de Assuntos Educacionais, do Sinted.

Maria Diogo disse que como está ocorrendo em várias cidades do país, os sindicalistas pedirão a aprovação de uma nota pública, onde os vereadores terão a oportunidade de manifestar seu apoio contra a reforma da Previdência. “Nossa expectativa ainda é que cada vereador entre em contato com os deputados federais pedindo para que eles votem contra a Reforma da Previdência, que representa um retrocesso para todos os trabalhadores do país”, disse a presidente do Sinted.

O Governo Federal alega que o rápido envelhecimento da população brasileira vai aumentar a despesa com Preividência e, se não houver mudanças nas regras atuais, será necessário retirar recursos de outros setores ou elevar a carga tributária para tentar suprir o pagamento das aposentadorias.

No entanto, para os sindicalistas, esse é uma inverdade e mais uma vez o trabalhador será prejudicado por uma manobra política. Fábrício Venturolli lembra que a aposentadoria é um seguridade social prevista na Constituição Federal e hoje uma emenda permite que o Governo utilize livremente até 30% das contribuições feitas pelos Trabalhadores na Previdência Social. “Isso significa que se o Governo Federal não tivesse tirando recursos da Previdência para outros fins, os trabalhadores estariam com suas aposentadorias garantidas”.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores falou ainda da situação dos trabalhadores rurais que serão também prejudicados. “O trabalhador rural não tem renda fixa. Ele contribuía conforme arrecadação de sua plantação e agora terá que contribuir individualmente de uma renda que ele não tem e nem mesmo sabe se vai ter”.
Outra situação apontada pelos sindicalistas é a distorção nos 49 anos de contribuição. “Para um a pessoa receber a aposentadoria integral aos 65 anos, o jovem teria começar a trabalhar com 16 anos e a própria legislação brasileira não permite, já que o jovem com 16 anos, pode trabalhar apenas como menor aprendiz”, reiterou Maria Diogo.

Tratamento diferenciado

Apesar do presidente Michel Temer ter acenado que vai amenizar para os servidores públicos nas mudanças da Previdência, os sindicatos continuarão lutando para derrubar a reforma. “Não vamos retroceder, porque nossa luta é em favor dos trabalhadores. Não adianta os funcionários públicos serem beneficiados e todas as outras classes serem prejudicadas, por isso, vamos continuar juntos nessa luta, porque a reforma é uma precarização dos direitos trabalhistas”, garantiu Modesto, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos.

No final do programa da Rádio Caçula, os sindicalistas pediram o engajamento da população e que ela procure se informar sobre as mudanças propostas pelo Governo nessa reforma da Previdência. “Todos serão prejudicados, principalmente os que têm os menores salários, por isso, é importante participarem das mobilizações contra essas mudanças, como vai acontecer no próximo dia 31 em todo o país”, completou Venturolli.

A presidente do Sinted também reforçou o convite à toda população para estar junto com os sindicalistas nesta terça-feira, na Câmara Municipal, às 18h. “Quando mais pessoas lutando contra essa reforma, mais força teremos para que ela não seja aprovada”.

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Presidente do Sinted, Maria Aparecida Diogo pede o apoio da população

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