26/05/2017 15h11
Sayuri Baez, foi entrevistada no programa Linha Direta com a Notícia e falou sobre os planos para melhorar a estrutura da base aérea
Por: Rayani Santa Cruz
A gerente responsável pelo Aeroporto Municipal Plínio Alarcom, Sayuri Baez participou do programa Linha Direta com a Notícia, onde falou sobre a vistoria feita esta semana, que garante mais segurança e melhoria dos serviços prestados a população.
Depois de 4 anos de inauguração, foi a primeira vez que o aeroporto passou pelo processo, que deveria ser feita anualmente, conforme o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil. A vistoria foi realizada para detectar existência de Objetos Estranhos Perigosos, a ação chama-se VISTORIA F.O.D. (FOREIGN OBJECT DAMAGE).
Conforme a gerente, foram encontrados pedaços de madeiras, papéis, restos de borracha, pedaços de malas de viagem, entre outros.
Mudando um pouco de assunto, a gestora disse que existe muitos planos para a melhora e desenvolvimento do aeroporto municipal.
Na conversa foi citado o município de Dourados, onde foi aprovado pousos e voos com instrumentos no aeroporto daquela região. Em relação a Três Lagoas, foi esclarecido que o local não tem condições tecnológicas de operar por instrumento.
Foi dito que o funcionamento do aeroporto da cidade é feito por meio do “voo visual” (VFR-Visual Flight Rules). Em linhas gerais, o “voo visual” ocorre quando o piloto se orienta por referências visuais externas: estradas, lagos , praias, plantações, etc. Ou seja, depois de traçar a rota num mapa VFR, o piloto voa, ponto a ponto, orientando-se pelas referências visuais externas à aeronave, pegando também informações repassadas via rádio comunicação.
No caso de operar com instrumentos (IFR Instrument Flight Rules), ao invés de referências visuais, o piloto se baseia nos computadores de bordo da própria aeronave, que vão muito além de uma bússola ou altímetro. São instrumentos que “conversam” com outros receptores/emissores localizados no solo ou em satélites e orientam as aeronaves no ar, como no caso do voo em piloto automático ou da orientação espacial, via VHF, de auxílios de navegação aérea.
Para que seja entendido, para operar por “instrumentos” o aeroporto três-lagoense deve passar por uma série de modificações, a exemplo do eixo da pista que tem que ser livre a do centro à esquerda e à direita em um espaço de 150 metros.
Contudo, não existe essa disposição de espaço na base aérea devido as instalações de hangares particulares, e a existência de tanques antigos de abastecimento que devem passar por laudos técnicos antes de ser retirados, para que não haja risco de explosão.
Sayuri Baez, explicou que os hangares particulares são de responsabilidade da Prefeitura, e que são construídos padronizados. O dono do hangar paga uma taxa mensal a Prefeitura Municipal para que haja a manutenção do local.
Segurança
A gerente diz que vai trabalhar muito para que o local possa operar com instrumentos, pois atualmente a comunicação feita por rádio, muitas vezes não oferece 100 por cento de segurança, já que, fica sob responsabilidade do comandante da aeronave optar por pousar ou não.
“As informações são transmitidas via rádio, e as vezes as condições meteorológicas não ajudam, e na minha opinião, é muito melhor pousar por exemplo no aeroporto de Presidente Prudente-SP e fazer o resto da viagem de ônibus, com uma segurança maior, do que pousar sem saber das condições reais e arriscar que acidente aconteça” ponderou.
Serviço de Táxi
Existe uma certa deficiência na entrada e acessibilidade de idosos e cadeirantes, porém, a partir de segunda-feira (29), a frente do aeroporto será mudada, e os taxistas deverão ficar à esquerda, dando espaço para passagem e acessibilidade, e parada de ambulâncias e demais veículos quando necessário.
Pavimentação e Ciclovia
A gerente afirmou ainda que haverá a pavimentação da via em frente ao aeroporto, indo até o distrito industrial, e também uma grande extensão de ciclovia será implantada na rua, para melhorar o transito da população local.
Questões burocráticas
Sayuri Baez, falou sobre as questões burocráticas do poder público que impedem a rapidez na resolução de problemas. Segundo ela, o executivo paga caro para manter o local e como está acostumada a trabalhar em ambitos empresariais, ainda sofre com a lentidão de certos processos e busca muita ajuda com o setor jurídico para manter a legalidade das ações.
A esteira que custou R$ 100 mil reais, ainda continua parada e sem utilização, e segundo ela, precisa fazer uma cobertura ao lado de fora para proteção do objeto, que percorrerá a parte interna e externa do local.
Na planta do projeto deve ter a possibilidade da paisagem ficar visualmente agradável e ao mesmo tempo funcional. O projeto para a instalação da esteira está em andamento e segundo Baez, logo abrirá o processo de licitação.
Linha aérea de Três Lagoas a Capital
Para Baez, atualmente para uma companhia fazer voos a Campo Grande, tem que ser feito um estudo muito grande. O investimento tem que ser alto, em estrutura e logística, a gestora acredita que em breve isso poderá acontecer.
Finalizando a gerente, discorreu sobre a paixão que tem pelo local, e afirmou que deseja deixar um legado e melhorar os serviços de todas as formas.
“O sonho de melhorar esse aeroporto está bem próximo” concluiu Sayuri Baez.
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