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Prefeitura nega transporte aéreo de criança com trauma na coluna e correndo risco de morte

01/09/2015 – Atualizado em 01/09/2015

Município nega transporte aéreo de criança com trauma na coluna e correndo risco de morte

Conselheiro tutelar realizou todos os proedimentos e diz que se sente impotente em não conseguir ajudar a família

Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula

Uma brincadeira durante uma festa de aniversário no ultimo domingo (30) trouxe consequências trágicas para uma criança de 8 anos que sofreu uma lesão na região do pescoço e luta pela vida.

O caso acontece enquanto a criança brincava em um pula-pula quando a menina acabou se desequilibrando e caindo para fora do brinquedo, batendo a cabeça no chão e ocasionando o ferimento.

Uma unidade de resgate do SAMU foi acionada para o resgate e encaminhou a menina ao Hospital Auxiliadora, onde foi atendida pelo médico neurologista Doutor Marco Aurélio que submeteu a criança a diversos exames quando diagnosticou que houve uma luxação de C1 e C2 sem suspeita de fatura.

O grave ferimento que a criança sofreu pode ocasionar a paralisia e em caso extremo até a sua morte e por este motivo o doutor solicitou a transferência urgente da menina a um hospital de alta complexidade
em Neurocirurgia,

De acordo com a equipe médica que esta cuidando do caso, a rede de saúde do município não tem a estrutura necessária para realizar o tratamento da criança, sendo que o centro de referncia do Mato Grosso do Sul fica na capital Campo Grande.

O hospital acionou o conselho tutelar de Três Lagoas para prestar apoio a família que não tem condições financeiras para custear o transporte nem o tratamento da criança já que o seu plano de saúde se negou a cobrir os procedimentos necessários.

Enquanto aguarda a transferência a criança foi imobilizada em prancha rígida pois o menor movimento do pescoço pode ocasionar danos irreversíveis.

De acordo com o conselheiro tutelar a criança conseguiu uma vaga na Santa Casa de Campo Grande através do conceito Vaga Zero que determina que pacientes em caso de iminente risco de morte devem ser aceitos pela unidade de saúde.

O caso poderia estar resolvido, contudo, o transporte terrestre da criança não é recomendado, isso porque a distancia entre as cidades supera os 300 km além da péssima condição da estrada e principalmente pelo quadro da paciente que não deve ser exposta a movimentos excessivos pois este pode causar a sua morte.

O hospital entrou em contato com o convenio médico da família que se negou a realizar o transporte aéreo da criança alegando que este serviço não estava incluso no plano médico contratado.

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Diante desta informação a mãe da criança em desespero questionou qual seria o valor para trazer uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da cidade de Campo Grande para Três Lagoas para realizar o traslado de sua filha e foi informada que este serviço custaria em média R$ 16 mil.

O conselho tutelar tenta contato com a Secretaria de Saúde do município desde a madrugada de segunda-feira (31) e até o momento não obteve resposta, sendo que é dever constitucional do município prestar assistência médica e transporte a pessoas enfermas e carentes de recursos próprios.

O conselheiro tutelar que esta a frente do caso protocolou um documento que foi entregue à secretaria de saúde do município solicitando o transporte urgente desta criança e na manhã desta segunda-feira (1) o conselho foi informado que o documento foi encaminhado ao departamento jurídico da prefeitura para ser analisado.

Um documento foi entregue ao ministério público informando todos os procedimentos tomados pelo conselho tutelar e solicitando apoio para que o transporte da criança fosse realizado com a máxima urgência.

O Ministério Público enviou um documento ao município na manhã de segunda-feira (31) determinando que no prazo de duas horas o órgão deveria se responsabilizar pelo transporte da criaça.

Na tarde de segunda-feira (31) o conselheiro recebeu a ligação do ministério público informando que a prefeitura conseguiu reverter a situação por meio de um laudo informando que a criança não precisava de transporte aéreo, realizando desta forma a trnferencia da criança por ambulância.

O conselheiro nos conta que conversou com a mãe da menina no final do dia e esta informou que a criança chegou a Santa Casa de Campo Grande sentindo muitas dores e os médicos precisaram aplicar morfina para aliviar o sofrimento da menina e que agora ela passa pelos procedimentos médicos.

Esta situação causa uma sensação de impotência ao conselheiro tutear que nos conta que fica profundamente chateado com em ver que a prefeitura aguarda determinações judiciais para cumprir o seu dever para com a população enquanto doa milhares de reais para a realização de festas na cidade.

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