09/05/2018 22h12
Por: Ana Carolina Kozara e DayaneMilani
Treze horas após ter sido aberta a primeira etapa do julgamento que decide a vida dos 17 réus envolvidos no assassinato de Policial Militar da reserva Otacílio Pereira de Oliveira (60), foi dada a sentença dos três acusados levados à júri popular nesta quarta-feira (9).
O júri composto por 7 pessoas, sendo dois homens e 5 mulheres, decidiu que se Cleverson Messias Pereira dos Santos, conhecido como “Cabelo” foi condenado a 39 anos e 5 meses e 10 dias de prisão e Maicon Gomes de Souza, o vulgo “Grego” foi condenado a 26 anos e 4 meses de prisão, os dois foram acusados pelo crime de homicídio qualificado com agravante de o crime ter sido cometido contra policial militar e formação de milícia, eles cumprem pena em regime fechado.
Marcos Barbosa, com um voto de diferença, foi inocentado do homicídio qualificado e condenado 7 anos 3 meses e 3 dias de reclusão em regime semiaberto pelo crime de formação de milícia.
Os três condenados retornam aos presídios que estavam detidos imediatamente após o termino do julgamento, às 22horas
Este é o maior julgamento da historia de Três Lagoas e voltou as atenções de todo o estado para o município. Um forte esquema de segurança foi arquitetado para garantir a segurança durante o transporte dos presos, que de acordo com o Major Ênio, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de Três Lagoas, são considerados de alta periculosidade.
Na operação foram empenhados agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Agentes Penitenciários Federais, Batalhão Garra, Força Especial e Batalhão de choque com o apoio de um helicóptero. O numero de policiais empenhados na operação não foi divulgado pelas autoridades responsáveis.
O CRIME
O assassinato aconteceu no dia 6 de março de 2013, quando Otacílio voltava para sua casa, localizada no bairro Osmar Ferreira Dutra. O policial militar da reserva trabalhava como mototaxista e já não andava armado, ele foi surpreendido e alvejado.
A esposa de Otacílio ouviu os disparos e quando saiu de casa encontrou o marido ferido. Antes de morrer a vítima contou para a companheira que foi atacado por quatro pessoas que efetuaram os disparos e fugiram.
A MORTE
A ordem de execução de Otacílio partiu do PCC (Primeiro Comando da Capital) como forma de mostrar a força da facção na cidade e no estado. Os integrantes da organização criminosa de Três Lagoas receberam a ordem de executar um policial militar e Otacílio foi apontado por seu próprio sobrinho, Cleverson Messias Pereira dos Santos, ele tinha uma divida de R$ 500 com os criminosos e entregou a rotina de seu tio como forma de pagamento de seu debito.
As investigações ficaram sob a responsabilidade da Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRA) e após a conclusão do inquérito, 21 pessoas foram indiciadas, 19 foram denunciadas e 17 integrantes da facção criminosa foram enviados para júri popular.
A segunda etapa do julgamento acontece na segunda-feira (14) a partir das 8h30m.
