28/01/2015 – Atualizado em 28/01/2015

Quadrilha fez mais de meio milhão de reais em golpes em MS, SP e GO

Foram apresentadas na tarde de hoje (28), em entrevista coletiva no Setor de Investigações de Gerais de Três Lagoas – SIG as seis pessoas acusadas por estelionato deflagradas na operação batizada de Stellium 21 em Três Lagoas (MS).

Por: Fábio Campos/Cristiane Ruiz

A delegada titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado Deco Ana Cláudia Medina responsável pela operação juntamente com o delegado do SIG Thiago Passos concederam entrevista aos órgãos de imprensa e detalharam o “Modus Operandi”, o valor aproximado do prejuízo causado pelos bandidos (R$ 500 mil), o número de pessoas envolvidas na organização criminosa, bem como a identidade das seis pessoas da quadrilha Stelium21.

De acordo com delegada Ana Cláudia Medina, a mentora da organização criminosa é Luciana de Oliveira Sobrinho, 32 anos com uma vasta experiência em operações financeiras, o que deu a Luciana o “gabarito” necessário para a prática dos diversos delitos.

Funções do golpe

Os outros cinco estelionatários deflagrados na Steliium 21 são: o ex-companheiro de Luciana, Gustavo Gomes Teixeira de 32 anos , Facíbio Fila, 38 anos, Jeane Nascimento Leite, 21 anos, Ana Lúcia Rosa, 58 anos e Anderson Francisco Elias da Silva, 29 anos.

Cada um deles tinha uma função bem específica na quadrilha, bem como uma quantia nas participações no “lucro” dos crimes.

Luciana determinava o “cargo” e os “salários”, ou seja, cada membro da quadrilha tinha uma tarefa, distribuídas entre falsificação de documento, falsidade ideológica e captação de vítimas, tendo como pagamento de até 30% no êxito das operações fraudulentas.

Na hierarquia da quadrilha, logo abaixo de Luciana estava Anderson Francisco, responsável pelo financiamento dos veículos, sendo que um deles, apreendido na operação, um GM Cruze, avaliado em R$ 70 mil foi financiado por cinco vezes, alcançando uma cifra de R$ 350 mil em vantagens financeiras à quadrilha.

Facíbio Fila, de 38 anos e Jeane Nascimento Leite, 21 anos eram responsáveis por captar informações bancárias e documentos pessoais das vítimas.

Ana Lúcia Rosa, 58 anos era a pessoa que se passava pelos servidores públicos aposentados, recebendo R$300,00 por golpe e saque em caixas eletrônicos.

Gustavo Gomes Teixeira, 32 anos com prisão temporária decretada seria ex convivente da mentora Luciana e a polícia ainda investiga a participação dele nos crimes.

Prisões

Assim como todos os bandidos, Luciana de Oliveira Sobrinho foi presa em sua casa, no início da manhã de hoje (28) , na Avenida Rafael de Haro, nº 1691, no bairro Vila Haro. Facíbio foi preso em sua casa, na rua Márcia Mendes , Jd. Alvorada. Ana Lúcia Rosa, de 58 anos foi presa na rua Domingos Rímoli , na Vila São Jorge. Jeane foi presa em sua casa, na rua João Carrato, bairro Jd. Aeroporto. O ex-companheiro de Luciano, Gustavo Gomes Teixeira foi preso na casa do pai, na rua Duque de Caxias, no bairro Vila Nova.

E Anderson Francisco Elias da Silva, 29 anos foi preso em seu estabelecimento comercial, uma loja de importados, no centro da cidade.

As investigações e as prisões mobilizaram um total de 6 delegados e 23 investigadores da Polícia Civil em seis bairros da cidade de Três Lagoas (MS).

Notas falsas

Na casa de Luciana foram aprendidos R$ 140,00 em cédulas falsas, sendo sete notas de R$ 20,00 além de vários documentos e papeis localizados na casa, uma vez que tinham relação com os crimes investigados.

Microcomputadores e pen drives também foram recolhidos. Durante as buscas as cédulas foram localizadas sobre o ar condicionado no quarto de Luciana. Ela disse que comprou R$ 6 mil em moeda falsa em cédulas de R$ 20,00 na cidade de Ponta Porã (MS), município a 640 km de Três Lagoas (MS), pagando uma quantia de R$ 3,00 por nota. Crime este inafiançável (portar cédulas falsas) podendo a condenação alcançar de três a 12 anos de reclusão.

Na casa de Jeane foram apreendidos R$ 60,00 em três notas falsas de R$ 20,00 falsas.

Todos os acusados possuem passagem policial por estelionato e falsificação de documento.

Os acusados já foram presos em 2011, no interior paulista, na cidade de Araçatuba com moeda falsa, com exceção de Gustavo e Ana Lúcia.

Foi decretada prisão temporária por cinco dias para cada acusado.

Origem

A operação Stellium 21 tem como objetivo principal o combate à quadrilhas criminosas organizadas e ganhou este nome porque Luciana é aficionada pelo número 21, data do dia do seu nascimento e Stellium significa estelionato em latim.

De acordo com a delegada responsável pela operação da Ana Cristina Medina, a mentora Luciana chegava a pagar mais caro para que as placas dos seus veículos, números de telefones, entre outras coisas tivessem o número 21.

Com as novas apreensões de hoje (28), a Polícia Civil vai atualizar o total de prejuízo causado pela quadrilha, que pode passar de meio milhão de reais e mais vítimas.

Denúncias podem ser feitas no telefone da SIG (67) 3929-1173.