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Caso de Homofobia: “Só não morri porque Deus não deixou” diz cabeleireiro brutalmente espancado em TL

13/01/2017 – Atualizado em 13/01/2017

Caso de Homofobia: “Só não morri porque Deus não deixou” diz cabeleireiro brutalmente espancado em Três Lagoas

Caio Lopes falou com exclusividade a reportagem da Rádio Caçula

Por: Rayani Santa Cruz

Foi na madrugada do dia 10 de janeiro, por volta das 03h30, que o cabeleireiro Caio Henrique Cruz Lopes de 27 anos, acabou sendo espancado e roubado, logo depois que usou o banheiro da Praça Ramez Tebet, em Três Lagoas. Ele afirma que foi agredido por conta de sua orientação sexual.

A equipe de reportagem da Rádio Caçula conversou com a vítima, onde a mesma contou que estava na praça com amigos e quando todos foram embora ele teria ido usar o banheiro público do local, nesse trajeto a vítima foi abordada por um indivíduo que pediu um isqueiro emprestado. Após usar o banheiro e tentar seguir para a casa, Caio Lopes pediu de volta o objeto e sem motivos aparentes começou a ser agredido por duas pessoas. Ele levou chutes, socos, e passou a apanhar com objetos, sendo que até o retrovisor de sua moto fora quebrado e tacado em sua cabeça, o que ocasionou um corte profundo.

Ainda segundo a própria vítima, os agressores utilizaram de um capacete, pedaço de pau e até mesmo uma pedra para cometer o ato. Ele afirmou que a dupla queria tirar a sua vida, e só não o fizeram porque o mesmo parou de tentar revidar e fingiu-se de morto.

Seguido as agressões praticamente desmaiado, o cabeleireiro foi jogado em uma espécie de vala nas proximidades da praça na avenida Rosário Congro. Ele disse ainda que ouviu os agressores dizendo “já morreu essa bicha, não vai fazer falta no mundo”. Os homens ainda pegaram a motocicleta da vítima e empreenderam fuga do local.

Acompanhe a entrevista:

Os familiares estão muito abalados e acreditam piamente que ele tenha sido vítima de homofobia por conta de sua orientação sexual, já que Caio Lopes teria oferecido a motocicleta e carteira, achando estar sendo vítima de um assalto, o que não foi aceito pela dupla de agressores, que disseram a seguinte frase: “hoje você se ferrou porque, a gente veio aqui para matar “veado”, a moto vamos levar de brinde”.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário, no entanto, o registro foi feito apenas como roubo, mesmo com familiares apontando um possível latrocínio ou até mesmo tentativa de homicídio. Até o momento não há informações se a Polícia de Três Lagoas, capturou as imagens das câmeras de monitoramento da Praça Ramez Tebet, para identificar os agressores. A motocicleta de placas de Andradina-SP, ainda não foi encontrada.

A mãe da vítima, Gislayne Cruz disse que ficou desesperada ao ver o filho com o rosto desfigurado, ela deseja que o caso não fique impune.

Amigos e familiares compartilham da dor em redes sociais, e estão organizando uma manifestação mostrando a insatisfação e indignação com o fato para o dia 15 de janeiro na Circular da Lagoa Maior a partir das 15h.


Caio Lopes foi brutalmente espancado por duas pessoas em Três Lagoas.

https://youtube.com/watch?v=9ISB19n5vm0

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