26/10/2016 – Atualizado em 26/10/2016
Cachorra fica 10 dias “enterrada viva”, foi encontrada respirando e em estado de decomposição
Por: Rayani Santa Cruz
O triste e absurdo fato ocorreu no final da tarde desta terça-feira (25), em uma casa localizada na rua Diógenes Marquês, bairro Parque São Carlos, onde uma voluntária da Ong, Protetoras de Três Lagoas, encontrou e resgatou o animal praticamente sem vida.
As informações da protetora Charlene Santana são de que a cadela estava em um buraco de aproximadamente um metro de profundidade há dez dias, em meio a entulhos, sem água e sem comida.
Ela disse que a ONG recebeu um chamado de resgate de um morador do bairro que viu o animal dentro de uma residência, ao fazer uma visita para buscar mangas. Ele teria constatado que o mesmo ainda estava vivo.
A protetora afirmou em áudio que a cachorra estava no buraco na residência, praticamente enterrada viva e num primeiro momento a dona da casa até teria dispensado a ajuda da mesma, por estar escurecendo.
“Eu pensei que ia ser difícil o resgate e que o buraco era fundo ou difícil acesso, mas quando cheguei percebi que qualquer pessoa poderia ter ido, a cachorra estava em estado de decomposição, com varejeira nos olhos, muito magra, e o pior é que ainda respirava, foi a pior cena que eu vi, ela estava sentindo tudo aquilo” lamentou.
Para ela a dona da casa sabia que o animal estava lá e não fez questão de tira-la do lugar, ou seja, foi negligente com a situação.
A Ong levou o caso a Polícia Militar Ambiental e considera que a cachorra tenha sofrido maus tratos, sendo abandonada em meio a terra e entulhos.
O veterinário Dr. Luiz Guilherme, atendeu a cadela, mas devido ao estado crítico de saúde, acabou morrendo na clínica.
“Ela não latia mais e nem expressava uma reação, apenas respirava com muito custo. Tinha bicho em todo seu corpo, estava pele e osso. Ela estava sendo comida viva! Ele fez tudo o que podia mais infelizmente chegamos tarde demais” disse a voluntária.
O caso está repercutindo nas redes sociais e o objetivo da organização é pressionar os órgãos públicos a tratarem com mais rigor esses casos, além de conscientizar a população sobre os cuidados que o ser humano deve ter com os animais.