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terça-feira, 23 de abril, 2024

As Protetoras de Três Lagoas falam sobre o crime que terminou com a morte de um Pit Bull

03/08/2015 – Atualizado em 03/08/2015

Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula

As protetoras de Três Lagoas estiveram na redação da Rádio Caçula na tarde desta segunda-feira (3) para se pronunciar a respeito do caso da morte de um Pit Bull que ocorreu na última quinta-feira (30). O assunto que gerou grande repercussão nos meios digitais de Três Lagoas e que dividiu opiniões na cidade ganha um novo capítulo e uma nova versão.

O caso registrado é considerado um crime conforme a lei federal n 9,605/98 de 12 de fevereiro de 1998, Art. 32 diz que Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados , nativos ou exóticos é crime com pena de detenção de três meses a um ano e multa.

A INFORMAÇÃO

Uma das protetoras nos conta que na data em que o crime aconteceu recebeu uma ligação de uma jovem, que pediu para não ser identificada, clamando por ajuda pois um crime contra um cachorro da raça Pit Bul havia acabado de acontecer na rua em que mora.

A testemunha disse que estava em sua casa quando ouviu o barulho de dois disparos de arma de fogo e saiu para a rua para ver o que estava acontecendo e logo viu seu vizinho parado no meio da rua com uma arma de fogo na mão e o cachorro agonizando no chão.

Diante desta situação a jovem se desesperou e pediu por clemência ao animal, porem de acordo com o relato das protetoras, o homem olhou no fundo dos seus olhos e efetuou mais três disparos contra o Pit Bull.

A jovem ainda afirmou que a esposa e a filha do acusado estavam dentro de casa pedindo para que ele parasse, mas ele se negou e friamente finalizou o crime. A garota ainda disse que pelo local passavam algumas pessoas que estavam caminhando e testemunharam o crime, mas com medo fugiram do local.

No momento em que as protetoras tomaram conhecimento do caso postaram uma mensagem em sua página do facebook e na sequência entraram em contato com a Polícia Militar através do telefone 190 onde informaram o que lhes foi denunciado, porem como não tinham informações especificas do local a atendente do COPOM solicitou que levantassem numeral da residência para que uma unidade pudesse se deslocar para o local do crime.

Durante a ligação a atendente da Polícia Militar ainda questionou a denunciante a respeito do acusado tentando descobrir se existia a suspeita de se tratar de um bandido ou traficante de drogas, a protetora nos informa que se surpreende com este questionamento e por este motivo comentou em sua publicação no facebook a respeito do que acabará de ouvir da polícia e que em nenhum momento acusou o homem de ser traficante.

As protetoras contaram à equipe de Reportagem da Rádio Caçula que se juntaram e foram realizar diligência pelo endereço que lhes foi informado para identificar o numeral da casa onde o crime teria acontecido e pela região ser mal iluminada tiveram dificuldade em visualizar a informação, sendo necessário passar três vezes em frente a residência para identificar o numeral.

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Na ultima vez que as protetoras passaram pelo local do crime, visualizaram um aglomerado de cerca de sete pessoa em frente a casa e imediatamente entraram em contato com a polícia, mas percebendo que por se tratar de um crime contra um animal uma unidade policial iria demorar para atender o chamado então resolveram pedir a ajuda do vereador Beto Araújo (PSD) que de pronto se deslocou para o batalhão da Polícia Militar e solicitou apoio para a operação.

Os policiais pediram para que as protetoras e o vereador permanecessem distantes durante checagem, pois por se tratar de uma denúncia de um crime executado utilizando arma de fogo os mesmos poderiam correr risco de vida.

A protetora afirma que quando se aproximou da residencia acompanhada do vereador, ouviu a esposa do acusado ameaçando a denunciante, dizendo que ela se arrependeria de tentar estragar a vida de sua família.

A AVERIGUAÇÃO

Durante a entrevista dos policiais junto aos envolvidos para identificar o que de fato aconteceu, a mulher informou que sua cadela havia sido atacada e por este motivo desferiu um golpe em direção à cabeça do Pit Bull se utilizando de um pedaço de madeira e que o animal não resistiu ao ferimento e acabou morrendo.

A polícia questionou a respeito do corpo do animal e foi informado que após conversar com o proprietário do Pit Bull decidiam atirar o corpo do animal no rio Paraná. Os agentes realizaram busca pela região e no interior da residencia procurando pelo corpo do animal e pela suposta arma de fogo utilizada no crime e nada foi identificado.

De acordo com informações da vizinhança nenhum dos envolvidos no caso saiu do local do crime após os supostos disparos, sendo assim não seria possível o corpo do animal ter sido atirado no rio.

As protetoras questionam a respeito das diversas versões apresentadas pelos suspeitos e também querem saber o motivo de terem escondido o corpo do animal se o mesmo não foi morto a tiros.

Para as protetoras o caso esta mal contado e afirmam que a morte do animal poderia ter sido evitada, pois se a historia tivesse acontecido conforme a M.S. e o animal tivesse atacado a cadela pelo portão, ela conseguiria apenas puxar seu animal sem que houvesse a necessidade de matar o Pit Bull.

O grupo ainda afirmam que os criminosos estão criando fantasias em cima do que aconteceu, se utilizando do senso comum que a população tem contra a raça Pit Bull e se colocando como heróis diante do povo três-lagoense para se safar das consequências de seus atos.

O caso deve ser investigado a fundo e os responsáveis não podem sair impunes deste crime, as protetoras afirmam que a pessoa que tanto a pessoa que assassinou quanto o proprietário do cachorro devem ser responsabilizados por seus atos, um por ter tirado a vida de um animal e outro por ter conhecimento que seu cão era agressivo não ter tomado as medidas necessárias para mantê-lo preso.

As protetoras lutam para que o caso não caia no esquecimento e pede para que as pessoas que estavam presentes no omento do crime se pronunciem através do telefone 190 para que este crime bárbaro seja esclarecido.

AS PROTETORAS

O grupo protetoras de Três Lagoas se trata de um conjunto de mulheres que luta pelo bem estar dos animais de nossa cidade, trabalhando por conta própria e sem receber ajuda governamental resgatam animais das ruas e após tratamento junto a veterinários parceiros da causa colocam os animais para adoção responsável.

O meio de comunicação do grupo é através da página do facebook (https://www.facebook.com/protetoras.treslagoas?fref=ts) que em um ano e meio de atuação reuniu mais de 5 pessoas engajadas com a causa animal em Três Lagoas (MS)

Foto: Reprodução Facebook

Foto: Reprodução Facebook

A publicação recebeu uma serie de curtidas e compartilhamentos e um comentário que chamou atenção das protetoras

Foto: Reprodução Facebook

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