16/10/2017 13h32
De acordo com o Sinsap, 90% dos trabalhadores aderiram ao manifesto. A reivindicação da categoria é um aumento de 16% no salário e a contratações de novos servidores
Por: Da redação
Os agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul deram inicío a uma paralisação em suas atividades, nesta segunda-feira (16). Segundo o Sindicato dos Servidores de Administração Penitenciária do Estado (Sinsap), 90% dos servidores “cruzaram os braços” e estão servindo apenas as refeições aos detentos e fazendo escolta para audiências já agendas.
O Estado tem 1.600 agentes. A manifestação atinge presídios as cidades do estado, como: Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, Corumbá, Coxim, Paranaiba, Amambai, Naviraí, Jateí, Bataguassu, Cassilândia, Jardim, Rio Brilhante, entre outras.
Segundo o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago, a expectativa é que manifestação termine no próximo domingo (2), porém existe a possibilidade desse prazo ser prorrogado. “Isso é um grito de socorro, estamos sobre constante ameaça de rebelião todos os dias. Tem presos ameaçados de morte tentando fugir e agentes que também recebem ameaças”, relatou.
Ainda conforme o presidente, “Os serviços que estão paralisados não vão atender os advogados, liberar presos para o setor de trabalho, detentos do semiaberto não poderão fazer visitas domiciliares, nem assistência educacional e religiosa. Já o atendimento de saúde, somente em casos de emergência médica”, informou.
De acordo com o Sinsap, o manifesto é uma forma de chamar a atenção do Governo Estadual. Os agentes pedem 16% de reajuste salarial referente aos últimos três anos. Em 2016, eles tiveram 5,4% e neste ano 2,94%. “Esses aumentos representam apenas a reposição com base na inflação. Os agentes penitenciários são os servidores com menor salário da Segurança Pública do Estado, com remuneração mensal de R$ 3,1 mil”, declarou o presidente.
A categoria reclama ainda da insegurança na atividade que exercem e busca a regulamentação do uso de armas dentro dos presídios. Hoje, os agentes têm direito ao porte de arma, mas não dentro das unidades penais. Além do reposicionamento de classe por tempo de serviço.
Outra questão reveledao por Santiago, é a urgência da nomeação de mais 91 pessoas aprovadas no último concurso. “O acordo firmado com o governo em 2015 previa a contratação de 435 novos agentes de forma emergencial, mas apenas 344 foram chamados até agora”, finalizou.