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sexta-feira, 29 de março, 2024

Paratleta Fernando Rufino visita Três Lagoas e conhece alunos do Centro de Referência Esportiva

30/11/2018 10h26
Por: Laís Eger Penha

Na última quinta-feira (29), os alunos de canoagem e remo do Centro de Referência Esportiva de Três Lagoas receberam uma visita especial no Balneário Municipal Miguel Jorge Tabox. O campeão mundial de paracanoagem Fernando Rufino, conhecido como Cowboy, esteve em Três Lagoas (MS) e aproveitou para bater um papo com as crianças e contar sua história.

Natural de Eldorado (MS), aos 32 anos, Fernando tem uma longa história de superação e acidentes. Ele ficou famoso como peão de rodeio, mas precisou abandonar a profissão depois de ser atropelado por um ônibus, acidente esse que o deixou paraplégico e em uma cama por oito meses. O peão encontrou no esporte a oportunidade de realizar seu sonho de viajar pelo mundo.

O primeiro acidente de Fernando foi aos 21 anos, quando um touro pisoteou sua cabeça e quebrou seu maxilar. Em seguida, veio o atropelamento que o fez abandonar a vida de peão. Meses depois, ele se acidentou no trânsito e quebrou uma perna. O quarto acidente foi quando a casa em que morava foi atingida por um raio e consequentemente, ele também. O último acidente aconteceu novamente no trânsito.

Ele conheceu a paracanoagem em Brasília, quando foi realizar um tratamento na cidade. Percebendo a força de vontade de Fernando, o médico sugeriu que ele praticasse algum esporte e lhe forneceu uma lista contendo as atividades que ele poderia fazer. Ele experimentou alguns esportes, como o basquete e o arremesso de peso, mas não se adaptou. O cowboy queria algo mais “radical”, e quando caiu da canoa pela primeira vez, decidiu que o barco seria seu touro a ser domado.

A partir de então, Fernando já conquistou diversas medalhas, entre elas a de campeão mundial. Em seu primeiro Campeonato Brasileiro, ele conquistou a medalha de prata. Em 2016, um problema cardíaco o tirou das Paraolimpíadas no Rio de Janeiro. Quando questionado sobre a conquista mais importante, o atleta afirma não ter preferência e diz que todas são importantes.

“Minha trajetória é a medalha mais importante. Estar aqui em Três Lagoas conversando com essas crianças é uma das coisas mais importantes da minha carreira”, declarou Fernando Rufino.

Para a aluna de canoagem Ana Júlia Silveira de Oliveira, de 13 anos, a visita do atleta foi um momento único, pois o atleta é inspiração para muitas crianças que pretendem praticar o esporte de maneira profissional.

“Eu acho muito legal, pois eu sempre tive inspiração nele, ele me influencia a querer mais e mais da canoagem.”

Após o bate-papo com as crianças, os alunos da canoagem puderam entrar na água com o paratleta, onde o mesmo deu dicas para como desenvolver o esporte com maior qualidade. Cowboy e os alunos remaram juntos por cerca de 40 minutos, proporcionando um momento único para os pequenos atletas.

Apesar de todos esses “encontros com a morte”, Fernando sempre esteve focado em não desistir e realizar o sonho de viajar o mundo. Segundo ele, seus maiores objetivos e sonhos já foram alcançados, graças a Deus, ao apoio de amigos e familiares e do esporte.

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