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terça-feira, 19 de março, 2024

SINTED pressiona executivo sobre reajuste de professores em Três Lagoas

20/02/2017 – Atualizado em 20/02/2017

Manifestação aconteceu na manhã dessa segunda-feira (20)

Por: Gil Nei Silva da redação

Sindicalistas do SINTED, se reuniram em manifesto na manhã dessa segunda-feira (20) para pressionar o Executivo a atender representantes dos professores, discutir e direcionar medidas que cheguem a um consenso no caso relacionado ao reajuste salarial da categoria, conforme piso nacional que é de 7,64%.

A manifestação aconteceu em frente da Prefeitura, onde os sindicalistas fixaram uma faixa com a frase “Srº prefeito, os trabalhadores em Educação solicitam a abertura de diálogo com o SINTED”.

Em entrevista à Rádio Caçula, a presidente da entidade, professora Maria Diogo, enfatizou “Estamos cumprindo uma deliberação da Assembleia Geral, realizada pelos servidores na ultima semana, Lutamos arduamente por essas conquistas, que são muito significativas. Já enviamos três ofícios ao Executivo, como não obtivemos respostas, estamos realizando esse ato para pedir mais atenção com a nossa classe. Já fazem dois meses que estamos recebendo salário com mesmo valor de 2016, sendo que a data base para o reajuste é janeiro e até hoje (20-02), não fomos recebidos pelo prefeito”.

Por outro lado a Prefeitura divulgou nota, esclarecendo que a data limite interposta pelo SINTED é dia 22-02, “O prefeito de Três Lagoas, Angelo Guerreiro, por meio do seu gabinete, informa que, assim como solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Três Lagoas e Selviria (SINTED/TL) em ofício recebido no dia 17 de fevereiro de 2017, atenderá a solicitação de uma reunião para tratar assuntos referentes aos trabalhadores em educação da Rede Municipal de Ensino (REME). Afirma ainda que, o ofício enviado pelo Sindicato dá a data limite até o dia 22 de fevereiro de 2017 e, por isso, não há necessidade de nenhum movimento de protesto, haja vista que o gabinete municipal ainda tem dois dias úteis para uma resposta e agendamento dessa pauta”, argumenta.

Conforme Maria Diogo, a folha de pagamento fecha no dia 23, por isso o limite para o início do diálogo foi estipulado até quarta-feira (22), “A partir daí, se continuar a resistência em receber os professores, será realizada nova Assembleia Geral para nortearmos as novas medidas a serem tomadas pela categoria de quarta-feira em diante, podendo ocorrer uma paralisação de 50%, operação tartaruga e até greve geral”, afirma a presidente.

O piso salarial dos professores em 2017 teve um reajuste de 7,64%. Com isso, o menor salário a ser pago a professores da educação básica da rede pública deve passar dos atuais R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. O anúncio foi feito pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 12 de janeiro desse ano.

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo as regras da Lei 11.738/2008, a chamada Lei do Piso, que define o mínimo a ser pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais.

O ajuste deste ano representa um aumento real, acima da inflação de 2016, que fechou em 6,29%. O novo valor começou a valer a partir da data de publicação. Porém, conforme explicou o Ministro o reajuste depende do equilíbrio financeiro de cada estado, “É algo importante porque significa, na prática, a valorização do papel do professor, que é central na garantia de uma boa qualidade da educação. Não se pode ter uma educação de qualidade se não tivermos professores bem remunerados e motivados, mas a situação financeira de cada estado deve ser considerada”, explicou.

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