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Presidente do sindicato dos bancários de Três Lagoas fala sobre a greve

13/10/2015 – Atualizado em 13/10/2015

Greve nos bancos não tem data definida para retomar suas atividades

Por: Ana Carolina Kozara com fotos de Rádio Caçula

O apresentador Romeu de Campos Júnior recebeu em seu programa Linha Direta com na manhã desta terça-feira (13) a presidente do sindicato dos bancários de Três Lagoas Telma Regina Canisso que falou a respeito da paralisação dos bancos que já estão de portas fechadas há oito dias.
O principal motivo da paralisação dos bancários é o desacordo em relação ao aumento proposto pelos bancários de 5,5% quando a inflação no país chegou aos 9,88%. Diante deste cenário os funcionários do segmento estariam tendo uma desvalorização salarial o que prejudica os trabalhadores e desta forma a classe luta pra conquistar um reajuste salarial de 16%.

A greve atinge todas as agências bancárias de Três Lagoas desde o dia 06 de Outubro e este ano se estende para as cidades de Chapadão, Paranaíba, Aparecida do Taboado – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal -, Selvíria, Bataguassu e Cassilândia.

A paralisação de todo o bolsão sul motogrossense era uma dificuldade que o movimento encontrava nos anos anteriores pela falta de diretores engajados com os ideais da paralisação que não acompanhar a movimentação e garantir que as portas ficaram fechadas.

Atualmente a paralisação teve uma adesão de 100% do sistema bancário da região e acordo com a presidente do sindicado dos bancários os usuários do sistema não irão sofrer drasticamente com a greve já que a maioria dos serviços podem ser realizados nos caixas eletrônicos, agência dos correios e casas lotéricas.

Telma disse em sua entrevista que a polêmica de que os caixas eletrônicos não seriam reabastecidos e os depósitos realizados só seriam descontados após o fim da greve são falsas e que o povo pode se tranquilizar que os processamentos estão sendo realizados normalmente.

A presidente nos conta que a Caixa Econômica Federal tentou paralisar este serviço, mas retrocedeu após sofrer pressão dos órgãos competentes e a esta altura da greve continuam realizando o serviço porem o fluxo está mais lento.

Problemas com o abastecimento de dinheiro nos caixas eletrônicos podem ter ocorrido no inicio da manhã desta terça-feira (13), primeiro dia útil após o final de semana e feriado, e que isto ocorreu por conta da corrida das pessoas para sacar altos valores acreditando que haveria a falta de reabastecimento das cédulas.

Nestes oito dias de paralisação nenhum problema foi registrado e de acordo com a presidente, todas as agencias bancárias tem um diretos de plantão na porta durante o horário de atendimento que orienta o usuário a como resolver seus problemas durante a greve.

Além do apoio do diretor, os clientes podem contar com a ajuda dos estagiários dos bancos, que não aderem a paralisação, e que estão na boca dos caixas eletrônicos para auxiliar as pessoas com dificuldade.

Romeu de Campos questionou a presidente do sindicato a respeito dos problemas que os usuários podem enfrentar durante a greve e a presidente afirmou que com a tecnologia a favor dos processos e dos clientes são poucos os problemas que o usuário pode enfrentar, Telma cita que os que podem prejudicar as pessoas é a paralisação dos procedimentos de financiamento e alguns casos específicos de pessoas afastadas de suas atividades e que ainda não receberam o cartão do INSS.

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Telma acredita que nos dias de hoje a greve dos bancários não tem o mesmo efeito que tinha antigamente, quando todo o sistema dependia de pessoas e o fechamento das agencias impactava a sociedade e atualmente as pessoas evitam ao máximo ir até o banco.Financiamento Caixa Econômica

Em relação ao financiamento junto a Caixa Econômica Federal a presidente disse que os procedimentos são realizados através de correspondentes e que caso encontrem um funcionário da Caixa que não aderiu à greve pode dar andamento aos processos através de contato telefônico.

Apesar de esta possibilidade existir, Telma acredita que será muito difícil de acontecer já que a Caixa é a entidade que mais adere às paralisações.

Negociações

O comando nacional da categoria negocia com a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) desde o dia 25 de setembro quando foi oferecido um reajuste de 5,5% no salário e um abono no valor de R$ 2.500,00, quando houve um desacordo entre as partes e foi dado inicio aos procedimentos de greve que iniciou em todo o território nacional no ultimo dia 06.

Desde então o comando nacional da greve em São Paulo tenta uma nova negociação com a FENABAN, porem os banqueiros continuam irredutíveis e até o momento nenhuma rodada de negociação foi agendada.

A presidente disse durante sua entrevista que a greve atinge diretamente a classe dos bancários que com as agencias fechadas deixam de lucrar, pois não vendem seus serviços que apesar de serem ofertados via telefone tem uma taxa de convergência maior nas agencias.

Telma nos disse ainda que o segmento bancário é um dos poucos que não vivencia a crise econômica nacional e que apesar do cenário do Brasil lucrou bilhões de reais no primeiro semestre e continua arrecadando mais dinheiro e de acordo com a presidente, os bancários estão aproveitando o cenário e instabilidade financeira para oferecem uma proposta de reajuste abaixo da inflação.

A principal reivindicação da categoria Pé em relação ao reajuste salarial, porem a presidente afirma que os funcionários lutam por mais segurança nos bancos, manutenção dos empregos jpa que a venda do HSBC para o Bradesco deixou muitos funcionários em situação de instabilidade, alem da terceirização de serviços que ainda esta tramitando no senado.

A paralisação tem um propósito definido e acontece em todo o território nacional envolvendo bancos públicos e particulares que permanecem com as agências fechadas e não tem data definida para retomarem suas atividades.

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