22/02/2018 09h51
O valor final com os investimentos será de aproximadamente R$ 1 milhão e terá fins educacionais aos alunos
Por: Da Redação
As usinas de energia solar irão beneficiar os campus de Campo Grande e Três Lagoas e o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, e tem data prevista para 2018. A instalação trará ainda a conscientização de alunos sobre a importância da eficiência energética.
Na última terça-feira, foi assinado o serviço de implantação das usinas, pela diretora-geral do Campus, Rosane Fernández Garcia, o professor de Eletrotécnica e fiscal do contrato David Quinelato, e o representante da empresa responsável pela instalação, Marcelo Orrico.
Com prazo de 10 meses para a conclusão, o projeto passa pela escolha dos melhores locais para as instalações dos painéis fotovoltaicos.
O investimento para a implantação da usina é de cerca de R$ 470 mil. A ação faz parte do projeto IFSOLAR, elaborado pelo Instituto Federal Sul de Minas, e conta com a participação de diversos Institutos Federais que aderiram à licitação, incluindo o IFMS.
Usina. No total serão instalados 260 painéis e cinco inversores, com potencia de 75kwp e deve produzir cerca de 8mwh por mês.
“Levando-se em consideração consumo médio mensal de uma residência, esse valor abasteceria em torno de 64 casas. Anualmente, a expectativa é que isso gere uma economia na conta de energia do Campus Campo Grande de aproximadamente 50 mil reais”, apontou Quinelato.
O processo de captação de energia recolhia a energia em baterias. Hoje é injetada diretamente na rede elétrica por meio dos inversores. “No final do mês, você paga àquilo que consumiu menos o que você gerou”.
Por meio de um aplicativo de celular, o campus poderá acompanhar em tempo real a geração de energia da usina, podendo detectar qualquer eventual problema que possa ocorrer nos painéis.
A implantação da usina segue uma tendência em expansão no mundo da utilização de energias renováveis.
“A energia solar é limpa, e a usina tem vida útil longa e é estável. O sistema de geração de energia solar distribuída é uma tendência. Em 2012, havia três sistemas conectados desse tipo no Brasil, em janeiro de 2017 eram mil em junho já havia dois mil. A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica é de chegar em 2022 à casa de milhões. São técnicos eletricistas que instalam, e quem forma esses técnicos é a nossa instituição”, lembrou o professor fiscal do contrato.
Aspecto didático – Além da questão financeira, a usina também será usada para fins didáticos.
“Pretendemos usar parte dos painéis como um módulo didático, um laboratório para aulas práticas. É um equipamento de difusão tecnológica. Já estamos pensando também na oferta de cursos que envolvam a questão de energias renováveis”, ressaltou Rosane.
“Os alunos vão aprender na teoria como montar os sistemas de geração, mas também vão ver funcionando na prática como medir temperatura, corrente, tensão e rendimento do painel”, destacou o professor Quinelato.
“Já instalamos as usinas em Institutos Federais de vários Estados. Além da economia, as instituições passam a ser um exemplo de consciência ambiental para a sociedade e para os estudantes”, destacou o engenheiro responsável pelo projeto e sócio da empresa maranhense vencedora da licitação, Marcelo Orrico.
Três Lagoas – Em Três Lagoas, também já foi iniciado o processo para instalação do mesmo modelo de usina. A ordem de serviço foi assinada em 27 de novembro de 2017.
“Como nosso campus é menor se comparado ao da Capital, gastamos menos energia. A previsão é de uma economia em um terço da conta. Nossa usina beira a potência máxima, será uma das maiores do Estado”, apontou o professor de Eletrotécnica Murilo Frigo, fiscal do contrato no Campus Três Lagoas.
Com a instalação de 215 placas no telhado da campus, e 45 no solo para fins didáticos.
Para Frigo, o IFMS tem papel importante na expansão da energia solar em Mato Grosso do Sul. “De acordo com estudos, a expansão desse tipo de energia tem quatro principais barreiras. O IFMS está contribuindo para diminuir duas – prestando informação à sociedade e formando profissionais da área”.
IFSOLAR – No total, 19 institutos federais de diferentes regiões do Brasil estão implantando 91 usinas fotovoltaicas em suas unidades. O investimento soma mais de R$ 40 milhões.
O processo foi iniciado em 2016. Para viabilizar a proposta, o IFSULDEMINAS realizou a maior aquisição pública de usinas solares por meio do Regime Diferenciado de Compras (RDC) e pelo Regime da Contratação Integrada, o que permitiu contratar o projeto e a execução da obra no mesmo processo.
- assessoria de imprensa*