17/05/2018 10h06
Líder do movimento LGBT declara: “Violência que mais têm afetado as pessoas é a psicológica”
Por: Dayane Milani
O dia 17 de maio é marcado por manifestações e atos em todo o mundo para combater violência contra pessoas por identidade de gênero e/ou orientação sexual. Para Paulinha Martinelly, coordenadora do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) em Três Lagoas (MS), a violência que mais têm afetado as pessoas é a psicológica.
“Jovens LGBTs estão adoecendo por homofobia psicológica, que é você reproduzir um discurso LGBTfóbico. É o que leva esses jovens ao adoecimento, de não ter acesso a uma política de saúde mental. Isso é um grande problema. Nossa juventude está sendo vítima e infelizmente está encontrando no álcool e em outras drogas, ilícitas, uma forma de enganar essa violência que sofre da sociedade”, descreveu.
Esse tipo de homofobia psicológica apontada por ela gera, entre outras consequências, problemas mentais. Para a líder do movimento, o que vem depois dessa homofobia não é acompanhado pelo poder público.
“A gente não consegue ter dados porque infelizmente não conseguimos trabalhar a saúde mental desses jovens LGBTs, ou o tratamento que a gente possa emancipar ou acabar com a homofobia. Essa é a pior homofobia que a gente enfrenta, porque é algo silencioso, que deixa os jovens deprimidos, sem autoestima, que não conseguem ter uma relação afetuosa devido esse discurso”, citou Martinelly.