14/04/2014 – Atualizado em 14/04/2014
Na atualidade, as Arraias causam medo e pânico quando são vistos pelas pessoas, principalmente nas áreas de ranchos de luxo e no Balneário Público Municipal
Por: Marco Campos
A Rádio Caçula publica abaixo mais uma reportagem especial que vai mostrar os perigos provocados por Arraias que se proliferaram nos rios da região. O objetivo da matéria é alertar a população de Três Lagoas e região e as autoridades para se atentarem e tomarem providências urgentes para evitar ataques destes animais contra os humanos.
No lago que divide os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, frequentadores do Rio Paraná, em Três Lagoas, já se acostumaram com a presença dos animais que constantemente ameaçam os profissionais da pesca e banhistas que entram nas águas do Rio Paraná, nas proximidades da Usina Hidrelétrica “Souza Dias”, em na “prainha de Jupiá”.
O crescimento desordenado e acelerado da espécie, fez com as Arraias conseguissem ter acesso pela “Eclusa de Jupiá” ao Rio Sucuriú, causando perigos a milhares moradores ribeirinhos, turistas e banhistas que usam o rio para o lazer, principalmente aos finais de semana.
Especialistas da área informaram a Rádio Caçula nesta segunda-feira (14) que as espécies eram consideradas incomuns no Rio Sucurú.
Na atualidade, as Arraias causam medo e pânico quando são vistos pelas pessoas, principalmente nas áreas de ranchos de luxo e no Balneário Público Municipal.
O dono de um rancho que preferiu não se identificar informou a reportagem da Rádio Caçula que ele e sua família entram no rio e a todo o momento permanecem no raso. O motivo da precaução é simples. Ao terem noção e total visão do fundo da água evitam pisar nestes bichos.
“Aqui no nosso rancho que fica perto do Clube Eloy Chaves no Rio Sucuriú, era normal nós entrarmos à noite para tomar banho no rio. Mas agora depois do surgimento e registros de vários ataques da espécie aos banhistas ficamos com medo. Está se tornando comum a captura destes bichos nas pescarias aqui no Sucuriú. Aqui está lotado de Arraias”, explicou o rancheiro.
Até o momento, nenhuma providência por parte das autoridades de MS e SP foi feita quanto ao problema para evitar riscos de ataques a banhistas. Pesquisadores que vieram à região alertaram desde o ano de 1999 que as Arraias estariam se expandindo por São Paulo, no Rio Tietê e que entraria rapidamente nos Rios Paraná e Sucuriú, do lado sul-mato-grossense.
FERRÃO E DOR DE 24 HORAS
O ferrão é retrosserrilhado, entra e sai rasgando a pele. Ele é recoberto por um muco rico em células glandulares que têm toxinas. Além da estrutura rígida que compõe o ferrão, é isso que faz o estrago quando entra.
A dor pode durar por mais de 24 horas. Em caso de acidente, recomendação é jogar água quente não escaldante.
Apesar de não serem agressivas e não atacarem as pessoas, as arraias – como forma de defesa – reagem com uma chicotada da cauda, onde fica o ferrão, quando alguém pisa ou esbarra nelas.
Um vídeo postado no Youtube por um três-lagoense mostra um surpreendente flagrante de uma Arraia e uma cobra Sucuri.
O animal fincou seu ferrão na cabeça da cobra de três metros que morreu na hora.