28/09/2016 – Atualizado em 28/09/2016
Weverton foi executado enquanto deixava presídio da Capital
Por: Correio do Estado
A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pode estar por trás da execução de Weverton Silva Ayva, o Boneco, de 28 anos, ocorrida no dia 15 de setembro, enquanto ele deixava o Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado na Vila Sobrinho, onde cumpria pena. Segundo apurou a reportagem, “Disciplinas”, como são chamados executores e cobradores do PCC, teriam o assassinado por vingança.
Ao ser preso pelo roubo da uma família em novembro de 2010, Weverton entregou à polícia nome de todos os comparsas da quadrilha, fato que pode ter colocado sua cabeça “a prêmio”. No entanto, ele se manteve esquecido por por seis anos, até que ganhou exposição por ser o pivô do homicídio de Victória Correia Mendonção, de 18 anos, ocorrido na madrugada de 19 julho. A jovem matinha relacionamento como rapaz e foi morta pela ex-namorada dele, Thamara Arguelho Assis, de 21 anos, por ciúmes.
A execução de Weverton é investigada pela delegada Roseli Dolor Galego, da 7ª Delegacia de Polícia da Capital. Ela preferiu não comentar o caso, mas fontes policiais afirmam que o envolvimento da facção no homicídio.
O CASO
Em novembro de 2010, Weverton , Mauricio Arantes Monteiro, de 20 anos, Reuber Roberto Ferro Gonçalves, de 20 anos, uma adolescente de 17 anos e um homem identificado como Pelé, foram presos pelo roubo de uma família na Rua Felipe Calarge, no Jardim Leblon. Na ocasião, tomaram dinheiro, joias, objetos pessoais, eletrônicos e dois veículos, sendo que um deles foi queimado.
Boneco foi preso e delatou a participação de todos os comparsas. A hipótese é de que o PCC, responsável por encomendar o crime, condenou a conduta e pediu que ele fosse morto, porém, nunca o plano foi posto em prática, por razões ainda desconhecidas.
Desde que Victória foi assassinada e Weverton conhecido como pivô do caso, ganhando exposição no meio policial, na cadeia e até mesmo na imprensa, voltou a ser alvo da facção.
No dia 15 deste mês, ele foi executado enquanto saía do estabelecimento penal da Vila Sobrinho. Os autores estavam em um automóvel Fiesta Branco. Ele chegou a ser socorrido por colegas, mas morreu enquanto recebia atendimento médico.